7 dezembro 2025

Defesa de cabo assassinada por soldado nega que existia relacionamento

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

A defesa da família da cabo do Exército que foi vítima de feminicídio, Maria de Lourdes Freire Matos, 25, nega que havia relacionamento da vítima com o seu assassino, o soldado Kelvin Barros da Silva, de 21 anos.

“É falso que Maria mantivesse qualquer relação com o agressor”, disse o escritório que faz a defesa da família da vítima em nota divulgada nas redes sociais.

A família acredita que o fato de Maria ser cabo e ter uma posição hierárquica superior a Kelvin, que era soldado, possa ter motivado o crime.

“Esse contexto aponta para o não aceite da autoridade feminina. Maria foi atraída, esfaqueada, e incendiada no local, em um contexto de violência extrema dirigida à sua condição de mulher”, ressaltou a defesa da família da vítima. A jovem de 25 anos foi descrita como discreta, séria e focada nos estudos.

O soldado do Exército Kelvin Barros da Silva, de 21 anos, que matou a cabo, teve a sua prisão em flagrante convertida em preventiva neste sábado (6/12) após passar por audiência de custódia no Núcleo de Audiências de Custódia (NAC).

O crime

Maria de Lourdes era cabo do Exército, tendo ingressado há cinco meses para a vaga de musicista. Ela foi encontrada morta por militares do Corpo de Bombeiros (CBMDF).

Defesa de cabo assassinada por soldado nega que existia relacionamento - destaque galeria5 imagensA vítima foi identificada como Maria de Lourdes Freire, 25 anosEle também faz parte do 1º Regimento de Cavalaria de GuardasMaria de Lourdes Freire MatosKelvin Barros é soldado do ExércitoFechar modal.MetrópolesDefesa de cabo assassinada por soldado nega que existia relacionamento - imagem 11 de 5

ReproduçãoA vítima foi identificada como Maria de Lourdes Freire, 25 anos2 de 5

A vítima foi identificada como Maria de Lourdes Freire, 25 anos

Imagem obtida pelo MetrópolesEle também faz parte do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas3 de 5

Ele também faz parte do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas

Maria de Lourdes Freire Matos4 de 5

Maria de Lourdes Freire Matos

1º RCG/DivulgaçãoKelvin Barros é soldado do Exército5 de 5

Kelvin Barros é soldado do Exército

Reprodução

O feminicídio ocorreu no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG). Em depoimento à Polícia Civil (PCDF), Barros confessou a autoria e disse que o crime ocorreu após uma discussão entre os dois.

Segundo Barros, eles tinham um relacionamento extraconjugal. “Após uma discussão, em que a mulher teria exigido que ele terminasse com a atual namorada e a assumisse, conforme havia sido prometido pelo autor, a vítima teria sacado sua arma de fogo”, comentou o delegado Paulo Noritika.

“Ele teria segurado a pistola enquanto ela tentava municiá-la. Enquanto isso, ele conseguiu alcançar a faca militar da vítima, que estava em sua cintura, e a atingiu, profundamente, na região do pescoço”, detalhou o delegado.

Noritika afirmou ainda que a vítima foi encontrada com a arma branca no local da lesão. “Depois disso, no desespero, ele pegou um isqueiro e álcool, incendiando o local onde está sediada a fanfarra e fugiu do local, levando a pistola consigo e se desfazendo dela”, disse. O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar as chamas.

Expulso do Exército

O militar que confessou ter matado a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, 25, nessa sexta-feira (5/12), será expulso do Exército.

Em nota enviada ao Metrópoles, o Exército disse que o soldado foi conduzido, de imediato, à prisão do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, onde permanece preso, “respondendo a processo criminal, devendo ser excluído das fileiras da Força e responsabilizado pelo ato cometido”.

“O Exército Brasileiro presta total apoio à família e lamenta profundamente a perda da cabo e reitera a sua posição de não coadunar com atos criminosos e punir com rigor os responsáveis”, afirmou a nota.

Ainda segundo o texto, foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM). “As investigações iniciaram de pronto, com a realização das perícias no local pela Polícia do Exército, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e, ainda, outros levantamentos que levaram à prisão do suspeito de ter cometido o crime”, informou o Exército.

 

- Publicidade -

Veja Mais