26 dezembro 2025

Defesa de Diddy recorre e contesta critérios usados na condenação. Saiba mais!

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Os advogados do magnata do hip-hop Sean “Diddy” Combs, de 56 anos, protocolaram, na noite desta quarta-feira (24/12), um pedido no 2º Tribunal Federal de Apelações, em Manhattan, nos EUA, solicitando a libertação imediata do artista e a anulação de sua condenação por crimes relacionados à prostituição. Como alternativa, a defesa pede que o tribunal determine a redução da pena imposta pelo juiz responsável pelo julgamento.

Atualmente, Combs cumpre pena em uma penitenciária federal em Nova Jersey, com previsão de soltura para maio de 2028. Em outubro, ele foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão, o equivalente a 50 meses, após ser considerado culpado por violações da Lei Mann, que proíbe o transporte de pessoas através de fronteiras estaduais para fins de crimes sexuais.

Veja as fotosAbrir em tela cheia P. Diddy sofre ataque dentro da prisão, diz siteFoto: Reprodução/Globoplay Diddy em entrevista; rapper deve cumprir pouco mais de 4 anos de prisãoReprodução: YouTube/News 12 P. Diddy no clipe da canção “Come To Me”, com Nicole ScherzingerReprodução: YouTube/Bad Boy Entertainment

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No recurso apresentado, os advogados sustentam que o juiz federal Arun Subramanian teria sido excessivamente rigoroso ao permitir que provas ligadas a acusações das quais o rapper foi absolvido influenciassem diretamente a dosimetria da pena. Segundo a defesa, Combs foi absolvido das acusações de conspiração de extorsão e tráfico sexual em um julgamento encerrado em julho, mas essas condutas teriam sido consideradas na sentença.

Os representantes legais afirmam que o magistrado extrapolou sua função ao agir como um “décimo terceiro jurado” no momento da condenação. Eles destacam que o artista foi condenado por duas acusações consideradas menores, relacionadas à prostituição, sem que o júri tenha reconhecido a existência de força, fraude ou coerção.

“Os réus tipicamente são sentenciados a menos de 15 meses por esses crimes – mesmo quando há envolvimento de coerção, o que o júri não encontrou aqui”, escreveram os advogados no recurso.

“O juiz desafiou o veredicto do júri e concluiu que Combs ‘coagiu’, ‘explorou’ e ‘forçou’ suas namoradas a fazerem sexo e liderou uma conspiração criminosa. Essas conclusões judiciais se sobrepuseram ao veredicto e resultaram na sentença mais alta já imposta para qualquer réu remotamente similar”, completaram.

A defesa solicita que o tribunal de apelações, que ainda não realizou audiência para ouvir os argumentos orais, absolva Combs, determine sua libertação imediata ou ordene ao juiz de primeira instância que reduza a pena aplicada.

Durante a sentença, Subramanian afirmou que levou em consideração o tratamento dispensado por Combs a duas ex-namoradas, que prestaram depoimento ao longo do processo. Ambas relataram agressões físicas e coerção para manter relações sexuais com profissionais do sexo enquanto o músico assistia e gravava os encontros.

Uma das ex-namoradas, a cantora Cassie, afirmou que foi obrigada a manter relações sexuais “nojentas” com estranhos centenas de vezes durante um relacionamento de aproximadamente uma década. O júri também assistiu a um vídeo em que Combs aparece arrastando e agredindo Cassie em um corredor de hotel em Los Angeles, após um dos eventos conhecidos como “freak-offs”, termo usado para descrever encontros sexuais que duravam vários dias.

Outra ex-namorada, que testemunhou de forma anônima, relatou ter sido pressionada a manter relações sexuais com profissionais do sexo masculinos em encontros que Combs chamava de “noites de hotel”. Segundo o depoimento, esses episódios ocorreram entre 2021 e 2024 e envolviam consumo de drogas.

Ao justificar a pena, o juiz rejeitou a argumentação da defesa de que os episódios se tratavam apenas de excessos associados ao estilo de vida do artista. “Você abusou do poder e do controle que tinha sobre a vida de mulheres que professava amar profundamente. Você abusou delas física, emocional e psicologicamente. E você usou esse abuso para conseguir o que queria, especialmente quando se tratava de freak-offs e noites de hotel”, disse Subramanian durante a leitura da sentença.

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