10 dezembro 2025

Em momentos distintos Fluminense e Vasco duelam por uma vaga na final da Copa do Brasil

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Após o fim do Brasileirão, a Copa do Brasil entra em sua fase mais decisiva. Fluminense e Vasco se encaram em uma das semifinais em dois jogos que prometem marcar a história de um dos clássicos mais antigos do país. Com o tricolor em alta, e o cruzmaltino em baixa, as equipes chegam em momentos distintos, mas em um duelo que promete ser equilibrado no palco mais importante do futebol brasileiro: o Maracanã.

Tricolor quer fechar uma boa temporada com chave de ouro
Após passar sufoco no ano de 2024, o Fluminense iniciou o ano de 2025 ampliando os investimentos reforçando o time em todos os setores. Com mais de R$ 200 milhões gastos, jogadores como Hércules, Canobbio, Soteldo e Lucho Acosta vieram reforçar o elenco tricolor.

No entanto, o tricolor teve de conviver também com a saída de jogadores importantes do elenco como o atacante Kauã Elias, em janeiro, e, o craque da equipe, Jhon Arias, no meio do ano. Na beira do campo, o Fluminense também viveu uma certa instabilidade. Após um começo de ano complicado com derrota para o Flamengo na final do estadual e uma péssima estreia de Brasileirão, o clube demitiu Mano Menezes e trouxe Renato Gaúcho para o seu lugar.

Apesar de críticas ao desempenho da equipe, Renato conseguiu conduzir o Fluminense bem em três frentes: Copa do Brasil; Sul-Americana e Brasileirão. O clube chegou ao Mundial de Clubes classificado para os dois mata matas e bem colocado na competição nacional.

Foi no Mundial, no entanto, que o trabalho de Renato brilhou. O autor do histórico gol de barriga do Carioca de 1995 conseguiu conduzir a equipe até às semifinais da competição, contando com o brilho de jogadores como Arias, Hércules e Martinelli, jogando para cima qualquer prognóstico.

Na volta da competição, no entanto, as coisas não seguiram tão bem. Após uma série de quatro derrotas consecutivas, a torcida passou a criticar o trabalho de Renato. No entanto, no mata mata, o Flu seguiu forte garantido vaga para as quartas da Sul-Americana e para as semifinais da Copa do Brasil.

No entanto, foi na competição continental que a chave virou. Após uma dura eliminação para o Lanús, da Argentina, Renato, cansado das críticas, entregou o boné e se demitiu do cargo de forma inesperada. Para seu lugar, Luís Zubeldía foi o escolhido.

Após um começo difícil com tropeços e uma derrota marcante para o Vasco, rival desta semifinal, a equipe comandada pelo argentino engrenou. Na reta final de Brasileirão, o tricolor não só garantiu vaga direta na fase de grupos da Libertadores, como emendou uma sequência de nove vitórias seguidas como mandante no Maracanã, sofrendo apenas um gol, e sete jogos seguidos como um todo sem perder, incluindo vitórias contra adversários fortes como Botafogo, Flamengo e Bahia. É com esse bom retrospecto que o tricolor chega com certo favoritismo para conquistar a vaga.

Veja as fotosAbrir em tela cheia ZubeldíaReprodução/Fluminense
Vasco da GamaReprodução/X: @VascodaGama Thiago Silva foi o autor do gol de voleio que garantiu a vitória tricolor contra o Juventude / Reprodução: Fluminense Vitor Silva/Botafogo Jandrei reclamou da arbitragem de Fluminense vs Juventude após ter reversão remarcada por demorar mais 8 segundos para repor a bola / Reprodução: Prime Video Rayan do VascoReprodução/Vasco

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Vasco quer afastar má fase e voltar a gritar “é campeão” após 14 anos
2025 começou promissor após um final de 2024 animador para o cruzmaltino. Apesar de não conseguir a vaga para Libertadores, o Vasco voltou a ficar na primeira metade da tabela no Brasileirão (10º lugar) após cinco anos e teve uma boa campanha na Copa do Brasil (semifinalista). A volta de Philippe Coutinho e o fato do ídolo Pedrinho tomar as rédeas do futebol após a empresa 777 Partners ser retirada da SAF do Vasco também animavam a torcida por um 2025 feliz.

No entanto, a escolhas iniciais já não agradaram. Sem técnico desde a saída de Rafael Paiva na reta final da temporada, o clube escolheu Fábio Carille para iniciar o projeto da temporada, o que não agradou em nada a torcida cruzmaltina. No mercado de transferências, sem poder de investimento, o Vasco priorizou contratações pontuais e apostas. Tchê Tchê, Nuno Moreira, Lucas Freitas e Maurício Lemos foram alguns que chegaram para o elenco do time carioca no começo do ano.

De cara, o Vasco teve dificuldades no estadual que, mesmo contando com a boa fase de Pablo Vegetti, foi insuficiente para o cruzmaltino passar das semifinais, eliminado justo para o maior rival, Flamengo. Com isso, Carille iniciou o Brasileirão já balançando no cargo.

Não demorou muito para a demissão vir após tropeços na Sul-Americana e derrotas no Brasileirão, incluindo um 3 a 0 para o Corinthians. A demissão de Carille permitiu que Pedrinho reacendesse uma paixão antiga: Fernando Diniz. Após saída conturbado do Fluminense, onde havia feito o melhor trabalho da carreira coroado pelo título da Libertadores de 2023, e uma passagem ruim no Cruzeiro.

Diniz, no entanto, demorou a engrenar no comando do cruzmaltino. A má fase no Brasileirão seguiu, além de acumular vexames como a derrota para a pequena equipe venezuelana do Puerto Cabello na Copa Sul-Americana. Na Copa do Brasil, o cruzmaltino viveu um drama após empatar com Operário (Ponta Grossa-PR) e ser obrigado a decidir a vaga para as oitavas de final nos pênaltis. Com ajuda de Léo Jardim, a equipe passou de fase, mas com direito a reclamação da torcida.

No entanto, o Vasco deu um respiro de bom futebol logo antes da parada da Copa do Mundo de Clubes ao derrotar o São Paulo no Morumbis por 3 a 1.

Durante a paralisação, a diretoria cruzmaltina foi ao mercado para reforçar o elenco. Chegaram reforços para a zaga: Robert Renan e o colombiano Carlos Cuesta; no setor ofensivo: o ponta Andrés Gomes e o meia Matheus França. No retorno, o Vasco ainda demorou para engatar uma boa sequência, incluindo mais um vexame e eliminação para o Independiente Del Valle na Sul-Americana. Mas após a goleada histórica sobre o Santos também no Morumbis por 6 a 0, o potencial da equipe passou a ser visto.

De volta a Copa do Brasil, o Vasco passou sem grandes sustos pelo CSA e teria o Botafogo pela frente. Em dois jogos equilibrados, o cruzmaltino decidiu a vaga nos pênaltis e contou com uma cavadinha do recém-chegado Robert Renan para, pelo segundo ano seguido, chegar as semifinais da competição nacional.

Em determinado momento, o Vasco de Fernando Diniz tinha apenas uma derrota em 13 jogos disputados. Dentro dessa boa sequência também havia uma vitória contra o adversário desta semifinal, o Fluminense.

No entanto, o bom cenário que vinha desenhando uma disputa ponto a ponto com os rivais cariocas por uma vaga na Libertadores via Brasileirão e um time fortalecido para a disputa da Copa do Brasil desabou. Na reta final da temporada o desempenho caiu vertiginosamente.

Nos últimos oito jogos do Brasileirão, o Vasco acumulou incríveis sete derrotas. Dentre elas, três em São Januário: uma contra o São Paulo, 2 a 0; Outra contra o rebaixado Juventude, 3 a 1; E para a sensação do Brasileirão, Mirassol, mais um 2 a 0. Tudo que Diniz havia construído parece ter virado cinzas. Apesar da vitória de goleada recente contra o Internacional, 5 a 1 em São Januário, a derrota contra o Atlético-MG na última rodada (5 a 0 para os mineiros), mesmo que com o time reserva, carrega pessimismo para o cruzmaltino. No entanto, é chegada a hora de virar a chave em busca do bicampeonato da Copa do Brasil.

Retrospecto na Copa do Brasil e jogos recentes
Antes do confronto pela Copa do Brasil, as equipes se enfrentaram três vezes em 2025, com duas vitórias do tricolor e um triunfo vascaíno. Apesar de no retrospecto geral o Vasco ter ampla vantagem (395 jogos, com 156 vitórias do Vasco, 124 vitórias do Fluminense e 115 empates), o tricolor tem levado a melhor no retrospecto recente. Nos últimos 12 jogos entre as equipes, são 5 vitórias do tricolor, 4 empates e 3 vitórias cruzmaltinas.

Pela Copa do Brasil, as equipes já se cruzaram em duas oportunidades com uma classificação para cada lado. Em 2000, o time “galático” do Vasco formado por Pedrinho, Viola, Edmundo, Juninho Pernambucano e Mauro Galvão foi incapaz de eliminar o tricolor recém-saído da 3ª divisão do Brasileirão em 1999. Após dois empates, o Fluminense levou a melhor no critério do gol fora (que nem existe mais) e se classificou.

Em 2006, o caminho dos dois voltou a se cruzar nas semifinais. O tricolor que já tinha Thiago Silva na zaga e Deja Petkovic como maestro, foi derrotado no primeiro jogo por 1 a 0 pelo Vasco com gol de Edílson. Na volta, a equipe cruzmaltina segurou o empate e foi para final da competição. Na decisão, no entanto, o Vasco acabou superado pelo Flamengo.

O confronto
A primeira partida acontece na próxima quinta-feira (11/12) às 20h no estádio do Maracanã. Os dois jogos serão disputados em campo neutro e torcidas divididas. Os ingressos para os dois confrontos já estão esgotados.

O jogo da volta acontece no domingo (14/12) às 20h30.

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