
A cheia do Rio Envira voltou a causar prejuízos à comunidade indígena Paroá Central, localizada na zona rural de Feijó, atingindo diretamente mais de 90 famílias. O avanço das águas destruiu plantações, alagou áreas de uso coletivo e deixou os moradores em situação de vulnerabilidade.
Durante vistoria técnica, equipes realizaram o levantamento das necessidades das aldeias afetadas, com foco especial na Paroá Central, apontada como a mais impactada por estar situada em uma área mais baixa. “O roçado deles está debaixo d’água. Falaram que plantaram dez mil pés de banana e perderam tudo. A gente foi lá fazer um levantamento das necessidades, da quantidade de famílias que moram nas redondezas. Verificamos as aldeias mais atingidas, onde já tinha informação de que a Aldeia Paroá Central era a mais atingida por ser mais baixa. Constatamos essas informações, o campo de jogo deles está bem afetado, necessitam de água potável de recuperarem a plantação”, destacou.
Segundo o coordenador, o nível do rio chegou a ficar a cerca de 10 metros das residências indígenas, alagando áreas próximas às moradias. “A água chegou na parte da frente, onde fica o campo. Acho que invadiu umas duas hectares alagadas. As demais aldeias ficam muito às margens da borda do rio, então, constantamos que essa é a mais afetada”, contou.
Esta é a segunda vez, somente neste ano, que a comunidade perde o roçado por causa das cheias. Em abril, durante outro período crítico que levou o município a decretar situação de emergência, o Rio Envira já havia destruído a plantação de banana, principal fonte de subsistência local.






