22 dezembro 2025

“Fracassado” e “covarde”: reunião do Palmeiras vira ringue de embate entre Leila e conselheiro

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A reunião do Conselho Deliberativo do Palmeiras, realizada na terça-feira (16/12), foi marcada por uma discussão acalorada entre a presidente do clube, Leila Pereira, e o conselheiro José Corona Netto. O episódio ocorreu durante o encontro que encerrou o calendário político do clube em 2025 e teve como pauta formal a aprovação do orçamento para 2026, mas acabou dominado por críticas à gestão, questionamentos sobre contratações, investimentos e a possibilidade de um terceiro mandato presidencial.

Críticas iniciais à gestão e aos investimentos
O debate começou após José Corona Netto pedir a palavra e fazer um discurso direcionado à atual administração. Em sua fala, o conselheiro classificou a gestão como incompetente, citou valores investidos em contratações e afirmou que o clube não conquistou títulos relevantes em 2025.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Leila Pereira, presidente do Palmeiras durante o CBF Summit / Foto: Reprodução CBF TV Leila Pereira, presidente do Palmeiras em coletiva de imprensaReprodução/Instagram: @leilapereira Leila PereiraFoto: Fabio Menotti/Palmeiras

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“Aos nobres conselheiros que estão aqui. Eu discordo completamente. Eu vejo essa gestão perdulária, incompetente. Gastou R$ 700 milhões em jogadores medíocres. Mais R$ 300 milhões de luvas e salários. Hoje, o time da Leila, o time que foi campeão, veio do Luxemburgo, do Mattos e do Sr. Maurício Galiotte. Esse time, a Leila pegou e foi campeão”, disse.

Questionamentos sobre desempenho esportivo
Na sequência, Corona reforçou as críticas ao desempenho esportivo recente. “A partir do momento que ela começou a mesclar o time, a montar o time dela… eu vou dar só o seguinte. Faz dois anos que nós não ganhamos nada, nada. Ganhamos um paulistinha, como diz o nosso ex-presidente Galiotte. É muita incompetência”, afirmou.

Lista de contratações e comparações com rivais
O conselheiro também detalhou contratações e valores pagos pelo clube, comparando os investimentos do Palmeiras com os do Flamengo. “Além de tudo, eu vou montar o time da Leila. Giay, 5 milhões de dólares, Mikael, 5 milhões de dólares, Jefté, era ridicularizado na Escócia, Emi Martínez, descobriram um jogador na Dinamarca. Aníbal Moreno, sempre foi mais ou menos. Maurício, R$ 70 milhões. Sabe quanto custou o Carrascal? 12 milhões de dólares. Sosa, 18 milhões de dólares. Facundo, 14 milhões de dólares. É simplesmente uma incompetência”, declarou.

Ataques à presidência e ao patrocínio
Ainda em seu discurso, Corona questionou a capacidade da presidente para ocupar o cargo e fez referência ao patrocínio da Crefisa. “E quem não entende de futebol, não pode ser presidente do Palmeiras. Quem não entende de futebol, tem que ficar em casa. O Palmeiras não nasceu de 10 anos pra cá. O Palmeiras nasceu há 100 anos. O Palmeiras é campeão há 100 anos. Não foi a Crefisa que descobriu o Palmeiras. Foi o Palmeiras que fez a Crefisa ser grande. Multiplicar por 8”, disse.

Críticas ao departamento de futebol e terceiro mandato
As críticas se estenderam ao departamento de futebol e à possibilidade de mudança estatutária para permitir um terceiro mandato presidencial: “Eu vou dizer mais uma coisa pra vocês. Todos esses jogadores foram 700 milhões de reais. Esse é o time da Leila, é o time do scout. É o time do diretor de futebol que é medíocre, só pensa em comer. Não entende nada de futebol. Ele derrubou o Fluminense, derrubou o Botafogo e derrubou o Vitória. Como que nós podemos ter um diretor de futebol desse quilate, dessa desqualificação?.”

Em seguida, completou: “É o terceiro mandato. Isso é imoral, isso é amoral. A primeira coisa que vai acontecer é ela pedir pra votar o terceiro mandato. Aí ela vai fechar o Conselho (Deliberativo). Vai pedir pra votar a SAF. Vota a SAF e aí vai fechar o Conselho. O Conselho vai ser fechado. Vocês vão ficar em casa”.

Saída do conselheiro e reação da presidente
Após encerrar sua fala, o conselheiro se dirigiu para fora da sala, o que provocou a reação imediata de Leila Pereira. Ao pegar o microfone, a presidente questionou a atitude de Corona e respondeu às críticas feitas à sua gestão. “Oi, mas esse conselheiro que veio aqui me ofendeu. Ofendeu a minha gestão. Ele fala e vai embora? Ele é covarde? Você é covarde? Você é covarde? Quem é você? Quem é você? Você é covarde? Você, eu sou a presidente do Palmeiras. Quem é você? O que você faz na vida, Corona?”, rebateu.

Ataques pessoais e referências ao passado do clube
Leila também citou períodos anteriores da história do clube e atacou pessoalmente o conselheiro: “Quando o Palmeiras caiu duas vezes e quase a terceira vez, você veio aqui dar escândalo? Você veio aqui? O que você faz na vida, meu filho? Nada, nada. Então, você é um fracassado. Você não faz nada, é um fracassado. Eu não vivo do Palmeiras, está bom? E você é um fracassado e covarde.”

Resposta sobre a Crefisa e defesa da gestão
Na sequência, a presidente rebateu as declarações envolvendo o patrocínio da Crefisa e os resultados de sua gestão. “O Palmeiras nunca foi tão vitorioso como na minha gestão. Na gestão de Leila Pereira. Eu, quando vim para o Palmeiras, que a Crefisa só começou a aparecer quando eu vim patrocinar o Palmeiras, é mentira, é mentira. A Crefisa tem 60 anos. A Crefisa veio pro Palmeiras quando o Palmeiras estava quebrado. O Palmeiras não tinha dinheiro pra absolutamente nada. E eu vim aqui oferecer o meu patrocínio”, pontuou.

Críticas à postura no Conselho
Leila seguiu criticando a postura do conselheiro no Conselho Deliberativo. “Que esse covarde deveria oferecer. Que até hoje eu não sei o que esse homem faz além de falar bobagem. Aliás, uma grande coisa na minha vida, quando terminar o meu mandato aqui no Palmeiras, é ter o prazer, o privilégio, de nunca mais olhar para cara dessa criatura que esteve aqui. Desequilibrado, falando para os senhores. Ele é um desequilibrado. Ele não tem condição e postura nenhuma de ser conselheiro do Palmeiras”, constatou.

Conquistas esportivas e postura diante das críticas
A presidente também mencionou conquistas esportivas recentes e afirmou que não permaneceria em silêncio diante das críticas: “Quando o Palmeiras ficou sem título nacional, sem um campeonato brasileiro há 22 anos, e quando eu fui tricampeã brasileira, não vi ninguém subir aqui e parabenizar a presidente. Quando eu fui tricampeã paulista, não vi ninguém subir aqui e parabenizar a presidente. Então eu tenho que ficar ouvindo esses desequilibrados? E ficar quieta? Eu não fico quieta.”

Aviso sobre medidas judiciais
Ao final, Leila Pereira fez um alerta sobre eventuais medidas judiciais. “E eu não vou admitir em hipótese nenhuma que eu ofendo o Palmeiras. E se alguém passar dos limites, não é que eu vou tomar providência só aqui, eu vou tomar providência judicialmente. Eu não admito que me desrespeite. Eu sempre fui extremamente sincera, mas com muito respeito. Eu não vou aturar desequilibrados aqui nesse microfone. Se me ofender, vão ser processados judicialmente”, concluiu.

Debate estatutário e cenário interno
A discussão ocorreu em um contexto de tensão política no clube. Além da aprovação do orçamento de 2026, o encontro teve como tema recorrente a possibilidade de alteração do estatuto para permitir um terceiro mandato consecutivo da atual presidente. Leila Pereira permanece no cargo até o fim de 2027, e qualquer mudança estatutária depende de aprovação do Conselho Deliberativo antes de eventual votação em assembleia de sócios.

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