9 dezembro 2025

Imagens mostram a expulsão e agressão de jornalistas na Câmara

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A tarde desta terça-feira (9/12) foi marcada por tensão na Câmara dos Deputados após a retirada de profissionais de imprensa da galeria do plenário. O episódio ocorreu no momento em que o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) decidiu ocupar a Mesa Diretora em protesto contra a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de colocar em votação o processo de cassação do mandato dele.

A equipe da TV Metrópoles, que transmitia o tumulto ao vivo, foi expulsa do local. Confira o momento:

Glauber permaneceu sentado na cadeira da presidência e declarou que ficaria ali “até o limite das forças”. Ele, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carla Zambelli (PL-SP) terão as cassações apreciadas pela Casa, nos próximos dias.

O psolista é acusado de quebrar o decoro parlamentar ao expulsar, com chutes, um militante do MBL das dependências da Câmara, em 2024.

Com a ocupação do parlamentar, nesta terça, policiais legislativos ordenaram, orientados por Motta, que jornalistas e assessores deixassem imediatamente a galeria. Apenas deputados puderam permanecer no plenário. A transmissão da TV Câmara também foi interrompida.

A galeria foi esvaziada e o acesso da imprensa ao plenário acabou bloqueado. Nesse momento, a equipe do Metrópoles transmitia tudo ao vivo, pelo YouTube, mas foi expulsa por integrantes das forças de segurança da Casa. Minutos depois, Glauber Braga foi retirado à força da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa.

Confira:

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Entrada bloqueada e agressões a jornalistas

No Salão Verde, a entrada principal do plenário já estava fechada e uma barreira formada pelos seguranças impedia o retorno dos jornalistas.

A situação gerou tensão e protestos, com parlamentares criticando a restrição ao trabalho da imprensa e relatando que o deputado Glauber Braga estaria sendo retirado à força do plenário. Com isso, os profissionais passaram a se aglomerar diante da barreira, pedindo a liberação para registrar a ação.

A expulsão da imprensa do local gerou reação imediata de profissionais presentes e de entidades representativas. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) repudiaram veementemente o episódio de violência contra os profissionais.

“A Fenaj e o SJPDF consideram extremamente grave o cerceamento ao trabalho da imprensa e à liberdade e ao direito de informação da população brasileira. Mais grave ainda são os episódios de agressões físicas a profissionais da imprensa, que levam informação sobre o funcionamento da casa legislativa à sociedade brasileira”, escreveram.

As entidades cobram explicações do presidente da Câmara, Hugo Motta, e responsabilização dele e de todos que agrediram jornalistas “por este sério atentado a um importante pilar da democracia brasileira.”

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