O Ministério Público de São Paulo (MPSP) acredita que o influenciador Xuxa do Grau, foragido após ser alvo de uma operação contra a prática e a divulgação de manobras criminosas de motocicletas nas redes sociais, recebia R$ 50 mil por publicação divulgando os crimes.
De acordo com o promotor Paulo José Freire Teotônio, os vídeos postados representam “um nítido deboche das autoridades policiais e das demais instituições de segurança” e rendia aos responsáveis lucros superiores a R$ 50 mil por cada publicação.
Xuxa do Grau, apelido de Alexandre de Jesus Santos, é apontado pelas autoridades como um dos cabeças de uma rede de cooptação de jovens para a prática e divulgação de graus de motos e outros crimes de trânsito, como rachas.
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O influenciador acumulava quase 300 mil seguidores nas redes sociais e publicava manobras de motocicleta. A página que era administrada por ele foi derrubada do Instagram pelas autoridades.
De acordo com o Tenente Coronel da Polícia Militar (PM) Luiz Eduardo Ulian Junqueira, comandante do batalhão responsável pela operação, há um mandado de prisão em aberto contra Xuxa, que segue foragido até a publicação desta reportagem.
Operação Grau
A ação, chamada de Operação Grau, acontece após a polícia perceber publicações nas redes sociais que mostraram jovens empinando motocicletas no anel viário norte-sul, em Ribeirão Preto. A partir da repercussão da prática na imprensa, as autoridades fizeram um levantamento de dados de perfis que curtiram as publicações e que estavam realizando a prática.



Operação deve se estender para outras fases
Divulgação/ Polícia Militar do Estado de São Paulo
Participaram da operação o Polícia Civil, Polícia Militar e o Ministério Público
Divulgação/ Polícia Militar do Estado de São Paulo
Objetivo da operação era apreender motocicletas usadas nos crimes de trânsito como graus e rachas
Divulgação/ Polícia Militar do Estado de São Paulo
Operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e um de prisão
Divulgação/ Polícia Militar do Estado de São Paulo
Motocicleta apreendida em operação
Divulgação/ Polícia Militar do Estado de São Paulo
Em nota, a Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) do DEINTER 3 afirmou que a operação visa cumprir mandados de prisão temporária e apreensão domiciliar e investiga uma associação criminosa voltada à prática de crimes de trânsito e contra a paz pública, especificamente a realização de “rachas”, manobras perigosas (conhecidas como “grau”) e direção perigosa em rodovias e vias de grande circulação de Ribeirão Preto.
Três motocicletas foram apreendidas. Uma delas pertencia a um casal com quase mil seguidores nas redes sociais. Ao todo, 11 mandados de busca e apreensão domiciliar e um mandado de prisão foram cumpridos.
“É o começo de uma operação, porque ocorrerão alguns desdobramentos essa operação devido aos crimes conexos esse tipo de conduta, porque a partir do momento que as pessoas se aproveitam dessas divulgações em redes sociais, isso acaba constituindo uma verdadeira associação criminosa. Então a gente está iniciando as investigações, hoje foi a primeira operação e a gente espera aí responsabilizar criminalmente todas as pessoas envolvidas”, afirmou o Tenente Coronel Luiz Eduardo Ulian Junqueira.
Ainda segundo Junqueira, o Ministério Público já pediu uma indenização de R$ 300 mil contra as pessoas que divulgaram esses conteúdo de crimes de trânsito nas redes sociais.
Também participaram o BAEP de Ribeirão Preto, a Polícia Civil e o Ministério Público (MPSP).









