O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comentou nesta sexta-feira (12/12) a operação da PF contra desvios de emendas que teve como um dos alvos uma ex-assessora dele, Mariângela Fialek, conhecida como Tuca. Lira disse ao Metrópoles que considera errado falar em desvio de emendas antes de investigar.
“Tuca é uma funcionária ligada à Presidência da Câmara”, iniciou ele, que citou servidores ligados a outros chefes de Poderes. “Agora, acho errado falar que é uma busca por desvio de emendas antes de investigar”, afirmou ele à reportagem.
Lira acrescentou que, “tudo que tem lá, tem na SRI [Secretaria de Relações Institucionais], agora é esperar para ver”.
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Mariângela Fialek atualmente está lotada na Liderança do Partido Progressista na Câmara dos Deputados. A operação investiga irregularidades na destinação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares.
“Ela é uma técnica espetacular de orçamento, não tem nada na vida dela que desabone. Ela é uma funcionária da casa que trabalha para todos os partidos, direita, esquerda, do PT ao PSOL”, afirmou Lira.
O deputado conta que Tuca é quem resolve “as questões de orçamento”: “É uma pessoa que senta na mesa com Gleisi, Moretti. Ela ficou pela competência dela.”
“É um erro dizer que ela é funcionária do meu gabinete”, afirmou ainda o parlamentar.
A reportagem também entrou em contato com a assessoria do deputado, que afirmou que “ele não é alvo de nada. Sinto muito” e que “o posicionamento é de que Lira não é investigado”.
Câmara dos Deputados
As buscas e apreensões da PF também ocorreram na Câmara dos Deputados. Segundo apuração do Metrópoles, policiais federais estão no Anexo II da Casa, na sala 135, chamada de “assessoria da presidência”, mas conhecida como “sala do orçamento secreto”.
A Polícia Legislativa isolou o corredor onde a PF faz as buscas, como é feito em protocolos de operação na Câmara.






