A partir de 1º de janeiro de 2026, o mercado de televisão passa a trabalhar com novos parâmetros para a leitura de audiência. A Kantar IBOPE Media atualizou a representatividade do ponto de audiência, com base nas estimativas populacionais mais recentes, o que impacta diretamente a forma como emissoras, agências e anunciantes interpretam os números.
Na prática, continua valendo a regra básica: um ponto corresponde a 1% do universo pesquisado em cada praça. O que muda é o tamanho desse universo. Em 2026, considerando os 15 mercados aferidos regularmente, 1 ponto de audiência vai representar 277.670 domicílios com TV e 699.962 indivíduos.
Os ajustes também aparecem quando se observa cada região separadamente. Na Grande São Paulo, por exemplo, o principal mercado do país, um ponto passa a equivaler a 78.781 domicílios e 199.633 indivíduos. Já no Rio de Janeiro, o mesmo ponto representa 49.778 lares e 122.054 pessoas.
Outras praças importantes seguem a mesma lógica. Em Belo Horizonte, são 22.184 domicílios por ponto; em Porto Alegre, 15.961; em Curitiba, 12.511. No Nordeste, Salvador passa a ter 13.794 domicílios por ponto, enquanto Recife registra 14.118 e Fortaleza, 13.723.
Esses números, embora técnicos, fazem diferença no dia a dia do mercado. Eles ajudam a dimensionar com mais precisão o alcance real dos programas e servem como base para negociações publicitárias, análises de desempenho e planejamento de grade.
A atualização faz parte do processo anual da Kantar IBOPE Media, que revisa seus universos de pesquisa para manter a coerência entre dados populacionais e medição de audiência. É o tipo de ajuste que não muda o jogo, mas afina a régua: algo essencial para quem vive de números na televisão.






