24 dezembro 2025

Operação Inceptio: Justiça manda soltar empresários investigados por tráfico e lavagem de dinheiro no Acre

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Foto: Reprodução

Os empresários André Borges e Marck Johnnes Lisboa deixaram o presídio de Rio Branco nesta segunda-feira (22), após mais de um mês presos no âmbito da Operação Inceptio, deflagrada pela Polícia Federal para investigar crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A soltura foi determinada pela Vara Estadual do Juiz das Garantias da Comarca de Rio Branco, após a defesa apresentar pedido de revogação da prisão preventiva. Para permanecerem em liberdade, os dois deverão cumprir uma série de medidas cautelares impostas pela Justiça.

Entre as determinações estão o comparecimento mensal em juízo, a proibição de se ausentar da comarca por mais de 15 dias sem autorização judicial, a obrigação de manter endereço e telefone atualizados, além do recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 5h, e o uso de tornozeleira eletrônica.

Os irmãos John Muller Lisboa, Mayon Ricary Lisboa e Johnnes Lisboa, além do primo e sócio Douglas Henrique da Cruz, foram presos preventivamente em setembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação. André Borges também foi preso na ocasião, mas havia sido solto quatro dias depois. Já Marck Johnnes e Douglas foram liberados ainda em setembro.

Atualmente, seguem presos John Muller Lisboa e Mayon Ricary Lisboa. A defesa informou que já protocolou pedidos de revogação da prisão para ambos e aguarda decisão da Justiça.

No início de novembro, o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) havia determinado o retorno de Johnnes Lisboa, Douglas Henrique da Cruz e André Borges ao presídio, após julgar o mérito de habeas corpus apresentados pela defesa. Com a nova decisão, André e Marck voltaram a ganhar liberdade.

Operação Inceptio

Presos durante a Operação Inceptio, no Acre e em outros estados — Foto: Reprodução / g1 Acre

A Operação Inceptio foi deflagrada pela Polícia Federal em cidades do Acre e de outros estados, incluindo Porto Velho (RO), Ubaí (MG), Camaçari (BA), Ilhéus (BA), Salvador (BA), Cabedelo (PB) e São Paulo (SP).

Segundo as investigações, os irmãos Lisboa e o primo Douglas são proprietários de empresas que atuam na organização e promoção de eventos no Acre. Algumas dessas empresas estiveram envolvidas na venda de camarotes e contratação de artistas para grandes eventos, como a Expoacre Rio Branco 2025.

Johnnes Lisboa também é diretor da Inove Eventos, empresa que havia anunciado um show do DJ Alok em Rio Branco, posteriormente cancelado após as prisões.

Ainda conforme a Polícia Federal, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 130 milhões em contas bancárias do grupo investigado, além da apreensão de bens avaliados em aproximadamente R$ 10 milhões.

As apurações apontam que o grupo atuava em pelo menos seis estados, enviando grandes quantidades de drogas do Acre para as regiões Nordeste e Sudeste. O dinheiro obtido com o tráfico, segundo a PF, era lavado por meio de empresas de fachada, contas bancárias e criptomoedas.

Os investigados podem responder pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O caso segue em andamento na Justiça Federal.

Informações via g1 Acre.

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