Adriane Galisteu é, sem discussão, uma das melhores apresentadoras da TV brasileira hoje. Ela domina o ao vivo, tem jogo de cintura, carisma e uma segurança que poucas comunicadoras têm. Galisteu segura qualquer programa, mesmo quando o conteúdo joga contra. E “A Fazenda” está jogando contra.
A 17ª edição do reality rural da Record já entrou para a história, mas de forma negativa. Com a expulsão de Carol Lekker, anunciada na madrugada desta quinta-feira (11), o programa bateu um recorde nada comemorável: quatro participantes desclassificados por descumprimento das regras. Um número maior que “A Fazenda 10” e “A Fazenda 14”, que tiveram duas expulsões cada.
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Esse dado diz muito sobre o momento do reality. “A Fazenda” virou sinônimo de baixaria, descontrole e conflitos vazios. Não é mais um jogo estratégico, nem um entretenimento popular bem-humorado. É gritaria, exagero e situações que não divertem o público e não agregam absolutamente nada. O choque virou regra. O excesso, linguagem oficial.
Nesse contexto, Adriane Galisteu fica completamente deslocada. Existe um contraste evidente entre a elegância da apresentadora e o produto que ela comanda. Galisteu entrega classe, profissionalismo e leveza enquanto o programa aposta no caos e na vulgaridade como motor principal. Hoje, a única coisa realmente sólida e relevante de “A Fazenda” é ela. E isso pode virar um problema.
A longo prazo, associar sua imagem a um reality que se transformou em um festival de baixaria pode ser prejudicial. Adriane Galisteu é grande demais para ser apenas o rosto elegante de um formato desgastado. Ela precisa, urgentemente, de uma atração à sua altura. Um projeto que valorize sua comunicação, seu carisma e sua trajetória, não que a coloque para administrar um incêndio diário. Do jeito que está, “A Fazenda” não combina com Adriane Galisteu.






