16 dezembro 2025

Padre Júlio Lancellotti anuncia pausa nas redes sociais e suspende transmissões de missas on-line

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O padre Júlio Lancellotti, pároco da Paróquia São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca, Zona Leste de São Paulo, anunciou que deixará de transmitir suas missas on-line e que irá suspender temporariamente suas atividades nas redes sociais.

Coordenador da Pastoral do Povo de Rua, Lancellotti é amplamente reconhecido pelo trabalho junto a pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social e pela atuação no combate à aporofobia, termo que define o preconceito e o desprezo contra os pobres.

Nos últimos dias, também circularam nas redes sociais informações sobre uma possível transferência do padre da paróquia, o que foi negado por ele. Em nota, Lancellotti afirmou que a informação não procede e reforçou seu vínculo com a Arquidiocese de São Paulo.

Procurada pela GloboNews, a Arquidiocese informou que “eventuais questões tratadas entre o arcebispo e um padre dizem respeito ao âmbito interno da Igreja e são conduzidas diretamente entre eles”.

Com mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais, o padre costumava transmitir, aos domingos, as missas das 10h pelo YouTube, no canal da Rede TVT (TV dos Trabalhadores). Apesar da pausa nas redes, ele esclareceu que as celebrações seguem ocorrendo normalmente.

As missas dominicais continuam sendo celebradas normalmente às 10h, na Capela da Universidade São Judas – Mooca. As redes sociais não estão sendo movimentadas por um período de recolhimento temporário”, afirmou o sacerdote.

Na mesma nota, Lancellotti reforçou: “Não procede a informação sobre transferência da Paróquia São Miguel Arcanjo. Reafirmo minha pertença e obediência à Arquidiocese de São Paulo”.

O padre já foi alvo de críticas e ataques políticos. O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) chegou a protocolar um pedido de CPI para investigar o trabalho de Lancellotti e de organizações não governamentais que atuam no atendimento à população vulnerável. Neste ano, o vice-prefeito de São Paulo, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), também responsabilizou publicamente o sacerdote pela formação de uma chamada “nova Cracolândia” na capital paulista.

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