Morreu, nesta segunda-feira (22/12), aos 80 anos, Ieda Maria Vargas, a primeira brasileira a conquistar o título de Miss Universo. A ex-modelo faleceu em Gramado, na Serra Gaúcha, onde estava internada na UTI do Hospital Arcanjo São Miguel. A informação foi confirmada pela filha, Fernanda Vargas, por meio das redes sociais.
Nascida em Porto Alegre, em 31 de dezembro de 1944, Ieda iniciou sua trajetória nos concursos de beleza ainda na adolescência. Em 1962, aos 17 anos, foi eleita Rainha das Piscinas do Rio Grande do Sul, título que abriu caminho para uma sequência de conquistas nas passarelas, incluindo as coroas de Miss Porto Alegre, Miss Rio Grande do Sul e Miss Brasil.
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O reconhecimento internacional veio em 1963, quando representou o país no Miss Universo, realizado em Miami Beach, nos Estados Unidos. Na ocasião, Ieda venceu a disputa e tornou-se a primeira brasileira a alcançar o título, marco que colocou o Brasil em evidência no cenário mundial dos concursos de beleza.
Após a vitória, Ieda ainda permaneceu ligada aos certames por pouco tempo. Em agosto de 1964, participou da cerimônia de transmissão da coroa para a sucessora, a grega Corinna Tsopei, encerrando oficialmente sua trajetória nos concursos. Em seguida, viveu um período na Flórida, mas optou por se afastar dos holofotes.
Em 1968, casou-se com José Carlos Athanázio, com quem teve dois filhos. De volta ao Rio Grande do Sul, estabeleceu-se novamente em Porto Alegre e decidiu não seguir carreira artística, mantendo uma vida discreta. Suas aparições públicas passaram a ser pontuais, geralmente como convidada de honra em eventos ligados à cultura e à moda.
O legado de Ieda Maria Vargas foi reconhecido oficialmente em 1999, quando foi eleita, por votação popular promovida pela RBS, como um dos “20 Gaúchos que Marcaram o Século XX”. Na lista, figurou ao lado de personalidades como Getúlio Vargas, Elis Regina e Mario Quintana.
A morte da ex-Miss Universo também gerou manifestações de entidades ligadas ao concurso. Em nota, o perfil oficial do Miss Universo Rio Grande do Sul destacou que Ieda “abriu caminhos e elevou o nome do Brasil ao cenário internacional da beleza, tornando-se um símbolo de pioneirismo, força feminina e orgulho nacional”. A publicação acrescenta que “Ieda deixa um legado. Sua vitória marcou gerações, inspirou mulheres em todo o país e escreveu para sempre o nome do Rio Grande do Sul na história do Miss Universo e do Brasil no mundo”.
