Um levantamento recente do Ministério Público do Acre (MPAC) revelou que, somente em 2025, foram registrados 47 casos de estupro de vulnerável na cidade de Sena Madureira — um dado alarmante que acende um alerta sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes no município.
O Ministério Público do Acre (MPAC) emitiu um alerta preocupante após revelar que, somente em 2025, Sena Madureira registrou quase 50 casos de estupro de vulnerável, a grande maioria envolvendo crianças e adolescentes. Os dados acendem um sinal de urgência para reforço na rede de proteção infantojuvenil no município.
De acordo com o promotor de Justiça Júlio César de Medeiros, os casos envolvem, em sua maioria, meninas, mas também há meninos entre as vítimas. O MP confirma que diversos suspeitos já foram presos e aguardam julgamento, reforçando que o enfrentamento a esse tipo de crime tem sido prioridade.
O promotor também alertou que pais e responsáveis que se omitem, mesmo sabendo da situação de violência, poderão responder judicialmente. A omissão é considerada uma forma de violência e contribui para a perpetuação dos abusos.
Para tentar reduzir os números, o Ministério Público expediu, ainda em março deste ano, uma recomendação direcionada à rede de proteção, envolvendo escolas, unidades de saúde, hospitais, assistência social, polícia e demais órgãos públicos. O objetivo é padronizar o atendimento, agilizar denúncias e garantir que cada vítima seja acolhida de forma humanizada.
Apesar de esforços estaduais para reduzir indicadores de violência, Sena Madureira se destaca negativamente, com um dos maiores números proporcionais de abusos contra crianças no Acre. O crescimento dos casos evidencia a necessidade de maior vigilância da sociedade, fortalecimento das políticas públicas e atuação constante das autoridades.
O MPAC reforça que qualquer suspeita de abuso sexual deve ser denunciada imediatamente por meio do Disque 100, da Polícia Militar (190) ou diretamente ao Conselho Tutelar do município. A participação da comunidade é considerada fundamental para interromper ciclos de violência que, muitas vezes, acontecem dentro da própria casa da vítima.







