11 dezembro 2025

SP: obras levadas de biblioteca são inseridas na “Interpol dos museus”

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As 13 obras de Candido Portinari e Henri Matisse, roubadas da Biblioteca Mário de Andrade no domingo (7/12), foram inseridas no Cadastro de Bens Musealizados Desaparecidos, a “Interpol dos museus”, pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).

Os dados caracterizam as obras – com fotos, título, autoria, descrição e dimensões – para auxiliar na localização e recuperação das gravuras. As informações ajudam especialmente a Receita e a Polícia Federal nas apreensões em portos e aeroportos.

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Foram subtraídas oito gravuras da série “Jazz”, de Matisse, e cinco gravuras da série “Menino de Engenho”, de Portinari. Veja fotos:

SP: obras levadas de biblioteca são inseridas na “Interpol dos museus” - destaque galeria13 imagensMulher Morta, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de AndradeQueimada no Canavial, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de AndradeHomem Morto, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de AndradeMestiço preso em Tronco, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de AndradeThe Coyboy, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de AndradeFechar modal.MetrópolesHomem a Cavalo com Menino na Garupa - 1959, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de Andrade1 de 13

Homem a Cavalo com Menino na Garupa – 1959, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloMulher Morta, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de Andrade2 de 13

Mulher Morta, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloQueimada no Canavial, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de Andrade3 de 13

Queimada no Canavial, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloHomem Morto, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de Andrade4 de 13

Homem Morto, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloMestiço preso em Tronco, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de Andrade5 de 13

Mestiço preso em Tronco, obra de Cândido Portinari roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloThe Coyboy, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de Andrade6 de 13

The Coyboy, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloThe Sword Swallower, obra de Henry Matisse roubada da biblioteca Mário de Andrade7 de 13

The Sword Swallower, obra de Henry Matisse roubada da biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloThe Swimmer in the tank, obra de Henry Matisse roubada da Biiblioteca Mário de Andrade8 de 13

The Swimmer in the tank, obra de Henry Matisse roubada da Biiblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloThe Codomas, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de Andrade9 de 13

The Codomas, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloThe nightmare of the white elephant, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de Andrade10 de 13

The nightmare of the white elephant, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloMonsieur Loyal, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de Andrade11 de 13

Monsieur Loyal, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloThe Circus, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de Andrade12 de 13

The Circus, obra de Henry Matisse roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São PauloObra The Clown, de Henry Matisse, roubada da Biblioteca Mário de Andrade13 de 13

Obra The Clown, de Henry Matisse, roubada da Biblioteca Mário de Andrade

Divulgação/ Prefeitura de São Paulo

O Metrópoles havia apurado que as obras são: The Clown, The Circus, Monsieur Loyal, The nightmare of the white elephant, The Codomas, The swimmer in the tank, The sword swallower, The cowboy, de Matisse; e Homem a Cavalo com Menino na Garupa, Mestiço Preso em Tronco, Homem Morto, Queimada no Canavial e Mulher Morta, de Portinari.

As gravuras estavam expostas na mostra Do Livro Ao Museu, que celebrava o encontro dos acervos do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e da Biblioteca Mário de Andrade. O roubo aconteceu no último dia em que a exposição estava em cartaz.

Valor das obras

Um especialista ouvido pelo Metrópoles avaliou o tamanho do prejuízo do roubo das 13 obras.

“As obras roubadas de Portinari devem valer em torno de R$40mil cada uma. Já as obras de Matisse são parte de um álbum com 20 obras, e esse álbum deve valer em torno de $1milhão. Mas, não existe ter essas obras separadas, por ser um livro com 20 pranchas feitas em stencil, em uma edição de 250 exemplares, manuscritas por ele. Não vejo isso sendo vendido separadamente”, afirmou Acacio Lisboa, diretor da Galeria Frente e da casa de leilões de arte James Lisboa.

“Obviamente isso não vai ter reposição, pois é difícil aparecer essas obras, sem que estejam em álbum inteiro, para vender. Além disso, por ser a segunda vez que esse roubo acontece, acho que esse foi bem amador, pois agora só roubaram uma parte, os ladrões saíram a pé. Acho que não tinham noção do que estavam fazendo”, completou o especialista.

Interpol acionada

A Prefeitura de São Paulo divulgou, nesta segunda-feira (8/12), que acionou a Interpol — a polícia internacional –, através da Polícia Federal (PF), para evitar que as obras de arte roubadas deixem o Brasil.

A administração municipal diz, no comunicado, que a Interpol possui um aplicativo e um banco de dados global capazes de ajudar na busca e na recuperação de obras roubadas.

Além do órgão internacional, a prefeitura afirmou ter comunicado o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), através do Cadastro Nacional de Bens Musealizados Desaparecidos (CBMD); e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do Banco de Bens Culturais Procurados. A prefeitura também comunicou o crime à Associação de Galeria de Artes do Brasil (AGAB).

Suspeitos identificados

Os dois suspeitos de terem invadido e roubado as obras de artes foram identificados pela Polícia Civil por meio de imagens capturadas pelo SmartSampa, sistema de monitoramento da Prefeitura de São Paulo.

SP: obras levadas de biblioteca são inseridas na “Interpol dos museus” - destaque galeria4 imagensObras de Matisse na biblioteca Mário de Andrade antes do rouboAs 13 obras levadas, dos artistas Henri Matisse e Candido Portinari, ainda não foram encontradasBiblioteca Mario de AndradeFechar modal.MetrópolesEspaço roubado na Biblbioteca Mário de Andrade1 de 4

Espaço roubado na Biblbioteca Mário de Andrade

Obras de Matisse na biblioteca Mário de Andrade antes do roubo2 de 4

Obras de Matisse na biblioteca Mário de Andrade antes do roubo

Divulgação/MAMAs 13 obras levadas, dos artistas Henri Matisse e Candido Portinari, ainda não foram encontradas3 de 4

As 13 obras levadas, dos artistas Henri Matisse e Candido Portinari, ainda não foram encontradas

Édson Lopes Jr/SecomBiblioteca Mario de Andrade4 de 4

Biblioteca Mario de Andrade

Reprodução / Facebook

As imagens foram registradas às 10h43. Após o roubo, os ladrões são vistos estacionando uma van na Rua João Adolfo, próximo à Avenida Nove de Julho. Os dois retiram as obras do veículo e caminham pela calçada.

O que dizem as autoridades

Segundo a prefeitura, administradora do espaço, o local conta com sistema de câmeras e o material será fornecido às autoridades policiais. A biblioteca passou por perícia. A administração afirma que as obras contam com apólice de seguro.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil realiza diligências para identificar e prender os dois homens que roubaram os oito quadros e documentos históricos.

O caso foi registrado no 2º Distrito Policial (Bom Retiro) e é investigado pela 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco).

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