O novo comercial da Havaianas, estrelado por Fernanda Torres, provocou reação de políticos brasileiros de direita e movimentou as redes sociais. Diante da polêmica, o empresário, investidor, escritor e educador financeiro Thiago Nigro, conhecido como “Primo Rico”, fez uma análise, na noite da última segunda-feira (22/12), sobre a discussão que extrapolou a internet e chegou ao mercado financeiro.
Na peça publicitária, lançada para a virada do ano, a filha de Fernanda Montenegro afirma que não deseja que o público comece 2026 “com o pé direito”. A frase faz um jogo de palavras com a expressão popular e, em seguida, defende começar o ano “com os dois pés”, em referência a atitude, movimento e entrega pessoal. O recurso, no entanto, foi interpretado por parlamentares conservadores como uma provocação política.
Veja as fotosAbrir em tela cheia O educador financeiro Thiago NigroReprodução/Instagram/@thiago.nigro Thiago Nigro, o Primo RicoFoto/TikTok Maíra Cardi e Thiago NigroReprodução/Instagram/@mairacardi Thiago Nigro, o Primo RicoReprodução Instagram Thiago Nigro, o Primo RicoReprodução
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Nigro destacou que as ações da Alpargatas, empresa brasileira do setor de calçados com capital aberto e dona da Havaianas, registraram queda nas negociações da B3 na segunda-feira (23/12). “Isso tudo aconteceu durante o fim de semana, quando o mercado não está aberto. Hoje é segunda e o mercado já abriu e as ações da Alpargatas, que é a empresa dona da Havaianas há mais de 60 anos, simplesmente abriu o mercado derretendo”, iniciou ele, em vídeo publicado no Instagram.
“Desde o começo do ano, as ações da Alpargatas subiram mais de 80%. Só que hoje as ações abriram caindo quase 3% no início do pregão. No momento que estou gravando, a Alpargatas perdeu quase R$ 250 milhões em valor de mercado. Mas parece que não são somente as ações da empresa que estão em queda livre. O resultado da empresa também não está indo bem. Se você analisar a Alpargatas, você vai ver que, nos primeiros três trimestres desse ano, a Havaianas vendeu aqui no Brasil R$ 144 milhões. Só que, em 2017, quase 10 anos atrás, a Havaianas vendia exatamente a mesma coisa”, continuou.
O educador financeiro ainda acrescentou: “nos primeiros três trimestres de 2017, eles tiveram R$ 147 milhões. Ou seja, mais pessoas nasceram, mais pessoas tiveram poder de compra para comprar novos produtos e a Havaianas vendeu menos. Foi R$ 144 milhões em 2025 e R$ 147 milhões em 2017. Sem falar que R$ 147 milhões em 2017 era um valor completamente diferente de hoje por causa da inflação. Para ser mais exato, R$ 147 milhões naquela época equivalia a R$ 219 milhões hoje. Então, em valores reais, a Havaianas está vendendo 35% menos”.
Segundo reportagem da InfoMoney, as ações preferenciais da Alpargatas (ALPA4) registraram queda de cerca de 3% na B3, sendo negociadas em torno de R$ 11,36, após a repercussão negativa da campanha e os pedidos de boicote liderados por políticos da direita.
A companhia tem como principal ativo a própria marca Havaianas, responsável por parcela relevante de sua receita e com forte presença internacional. O controle acionário é pulverizado, com participação relevante de investidores institucionais e fundos.
Os principais acionistas da Alpargatas são a Itaúsa S.A. (ITSA4), com 29,58% do total, e a Cambuhy Alpa Holding Ltda., com 23,77%.
Pedido de boicote
O ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro publicou um vídeo nas redes sociais em que aparece descartando um par de sandálias da marca e afirmou que começaria o ano “com o pé direito, mas não de Havaianas”. Para ele, a campanha teria conotação ideológica e justificaria o boicote.
Outros influenciadores e políticos alinhados à direita também passaram a criticar a campanha e a associá-la a um suposto posicionamento político da marca.






