Juliana Algañaraz, nova superintendente da TV Gazeta, segue trabalhando e usando sua grande experiência no universo do audiovisual para recolocar a emissora em condições mais competitivas
Uma de suas apostas é investir pesado na área de criação, maneira de fazer a diferença junto à concorrência, daí a contratação do experiente executivo Eduardo Gaspar para liderar o departamento.
Trata-se de um cargo que não existe nas TVs abertas e está mais presente no dia a dia das principais produtoras de conteúdo do país. A chegada de Gaspar, portanto, como Diretor de Criação, coloca a casa em uma posição diferenciada, mas também diante de um desafio, o de “reinventar a forma de contar histórias”, diz Gaspar.
Como você recebeu o convite da TV Gazeta?
EG – Nos últimos 12 anos, me dediquei à produção independente, onde tive a chance de trabalhar com grandes parceiros, criar formatos originais e adaptar títulos internacionais para que ganhassem “cara e jeito de Brasil”. Sou muito grato por tudo o que construí ao lado das minhas equipes e parceiros. Foi um período intenso e muito realizador. Mas a televisão sempre foi o meu primeiro amor e, com o tempo, o desejo de voltar às minhas origens começou a falar mais alto. Sentia falta do ambiente vivo de um canal, do som do estúdio, da criação diária… dessa energia que só quem realmente ama TV entende.
A Juliana[Algañaraz, superintendente da TV Gazeta] é uma parceira de longa data. Fizemos muitos projetos juntos na época da Endemol Shine Brasil e sempre compartilhamos o sonho de desenvolver formatos brasileiros dentro de uma emissora, testá-los na grade, aprimorá-los e, quem sabe, exportá-los para o mercado internacional. Quando ela chegou à Gazeta, entendi que esse sonho estava ganhando forma, e o convite veio exatamente nesse contexto. Recebi com emoção e com a sensação genuína de estar voltando para casa, só que agora trazendo comigo toda a bagagem que construí ao longo desse caminho.
Qual você considera o maior desafio quando falamos em TV aberta?
EG – Acredito que a TV aberta segue muito viva. O grande desafio, e também o grande convite, é reinventar a forma de contar histórias, sem perder aquilo que faz da televisão um meio tão poderoso. É inegável que a TV aberta vive um momento de grandes desafios, mas também de grandes oportunidades. Para mim, o maior deles é continuar sendo relevante em um cenário em que a atenção do público está cada vez mais fragmentada. Hoje convivemos com plataformas digitais, redes sociais, streamings e uma infinidade de conteúdos sob demanda.
Mas não vejo esse ambiente como uma competição direta. Pelo contrário, acredito que o futuro passa pela colaboração entre as mídias. O desafio é pensar conteúdos que nascem na TV, mas que já chegam ao público desenhados para dialogar com outras plataformas, ampliando alcance, criando novas portas de entrada e fortalecendo a relação com diferentes audiências.
Também acredito muito no potencial da TV aberta para desenvolver formatos originais em parceria com marcas, formatos pensados desde o início para integrar narrativa e propósito, entregando conteúdo de qualidade, entretenimento e valor real associado aos produtos e às estratégias dos clientes. Quando TV, marca e público se encontram no conteúdo, todos ganham.
Carreira:
Eduardo Gaspar, que chega para fortalecer a identidade criativa e acelerar o plano de modernização da Gazeta, possui mais de 20 anos de trajetória no audiovisual.
Reúne experiência em desenvolvimento de formatos, direção artística e inovação em conteúdo.
Já atuou na liderança criativa da Boxfish Brasil e esteve à frente da área de Conteúdo da Endemol Shine Brasil por quase uma década.
Em 2023, conquistou o Emmy Internacional pelo programa ‘A Ponte: The Bridge Brasil’.






