29 dezembro 2025

Vídeo mostra casal de turistas agredido em Porto de Galinhas após cobrança abusiva por cadeiras de praia

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Foto: Reprodução

Um casal de turistas do Mato Grosso foi agredido por comerciantes na praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, após se recusar a pagar um aumento considerado abusivo no valor do aluguel de cadeiras. A confusão foi registrada em vídeo e divulgada nas redes sociais. O caso aconteceu no sábado (27) e está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco como lesão corporal.

Segundo os empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, o valor combinado inicialmente para o uso das cadeiras era de R$ 50, caso não houvesse consumo na barraca. No entanto, no momento do pagamento, o comerciante teria informado que o preço havia subido para R$ 80.

“Combinamos um valor e, na hora de pagar, ele cobrou outro. Eu disse que não era justo e que pagaria apenas o que foi acertado antes”, contou Johnny em entrevista à GloboNews.

De acordo com o casal, após a recusa em pagar o novo valor, o clima ficou tenso e as agressões começaram. Johnny relata que o barraqueiro jogou uma cadeira contra ele e, em seguida, outros comerciantes se juntaram à confusão. “Quando percebi, tinham cerca de dez pessoas em cima da gente, batendo”, afirmou.

Johnny também acredita que o ataque teve motivação homofóbica. “Eles perceberam que somos um casal gay. Acho que isso influenciou muito na violência”, disse.

O casal foi retirado da praia com a ajuda de salva-vidas civis e levado à Delegacia de Porto de Galinhas, onde registrou um boletim de ocorrência. Depois, eles receberam atendimento médico em um hospital da região. Durante as agressões, os documentos das vítimas foram perdidos, mas posteriormente devolvidos por policiais.

Johnny contou ainda que, mesmo após o ocorrido, a dona da barraca exigiu o pagamento. Segundo ele, um policial levou o Pix até o hospital e o casal acabou realizando a transferência.

“Meu rosto ficou muito machucado, precisei fazer raio-x. Se não tivéssemos conseguido sair dali, poderiam ter nos matado”, desabafou.

As vítimas também denunciaram falta de policiamento no local e afirmaram que houve demora na atuação do Corpo de Bombeiros. Mesmo após serem colocados na carroceria de um veículo dos salva-vidas, relataram que continuaram sendo agredidos.

Além disso, o casal afirma ter enfrentado dificuldades para conseguir atendimento médico e que precisou arcar com despesas por conta própria. Eles ainda relataram demora no registro da ocorrência na delegacia. Johnny e Cleiton permanecem na cidade, mas dizem que evitam sair do hotel por medo. Eles pretendem acionar a Justiça contra a Prefeitura de Ipojuca e o governo de Pernambuco.

Em nota, a Prefeitura de Ipojuca classificou o episódio como grave e afirmou que o ocorrido não condiz com os valores de respeito e hospitalidade do destino turístico. A gestão informou que as equipes de salva-vidas e o Corpo de Bombeiros atuaram para conter a situação e que as ações de fiscalização dos ambulantes cadastrados foram intensificadas.

Até o momento, o governo de Pernambuco não se manifestou oficialmente sobre o caso. A Secretaria de Defesa Social foi procurada, mas não respondeu até a última atualização da matéria. Nas redes sociais, internautas cobram um posicionamento das autoridades e criticam a atuação da segurança pública na região.

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