O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quinta-feira (18/12) que a oposição dos Estados Unidos à entrada do país na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pode não ser definitiva e depender do cenário político em Washington.
Segundo Zelensky, a atual política norte-americana em relação à Otan é clara ao rejeitar a adesão ucraniana, mas não necessariamente permanente.
“A política dos EUA é consistente em relação à adesão da Ucrânia à Otan. Eles não nos veem lá… Talvez essa posição mude no futuro”, disse o ucraniano. “Isso é uma questão política. O mundo muda, alguns vivem, outros morrem. É a vida”, completou.



Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky
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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky
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Encontro de Trump e Zelensky
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A fala ocorre em meio à pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que Zelensky renuncie formalmente à ambição de ingressar no bloco militar como parte das tratativas para encerrar a guerra com a Rússia. A exigência norte-americana é vista como um dos principais entraves nas conversas, já que a Aliança é considerada por Kiev um pilar central de sua estratégia de segurança.
Zelensky na contramão de Trump
Apesar da pressão norte-americana, Zelensky tem resistido a aceitar os termos defendidos pela Casa Branca. O ucraniano tem buscado apoio de aliados da Europa Ocidental para formular uma contraproposta de paz, que, inclui cláusulas consideradas inaceitáveis por Moscou, dificultando o avanço das negociações.
Enquanto isso, países europeus da Otan seguem debatendo iniciativas próprias para ampliar o apoio militar à Ucrânia, incluindo a possibilidade de envio de tropas, mesmo diante da oposição russa. Moscou acusa governos europeus de sabotarem os esforços de paz ao impor condições que inviabilizam um acordo.
O Kremlin, por sua vez, critica o que chama de “diplomacia de megafone” e evitado detalhar sua posição publicamente. Entretanto, nesta quarta-feira (17/12), o presidente russo Vladimir Putin, fez duras declarações sobre líderes europeus.
“Os porquinhos europeus imediatamente se uniram aos esforços da administração anterior dos EUA buscando lucrar com o colapso do nosso país, recuperar o que havia sido perdido em períodos históricos anteriores e se vingar”, declarou. “Os objetivos da operação militar especial serão alcançados”, acrescentou.







