Os contribuintes acreanos desembolsaram um total de R$ 4.979.815.950,59 ao longo de 2023, representando 0,16% de toda a arrecadação de impostos no país. Em Rio Branco, a capital, o montante atingiu R$ 194.818.478,12 no decorrer do último ano.
Enquanto isso, o Impostômetro nacional ultrapassou a marca de R$ 3 trilhões no mesmo período, quantia que, entre outras comparações, poderia cobrir 50 salários-mínimos mensais por mais de 5 milhões de anos.
Outro dado relevante refere-se aos dias de trabalho destinados pelos brasileiros apenas para quitar suas obrigações fiscais, registrando a menor quantidade desde 2010. Em 2023, foram 147 dias contra os 149 de 2022.
Essas informações são provenientes do Impostômetro, uma plataforma desenvolvida pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que calcula os valores pagos em impostos pelos cidadãos brasileiros. A ferramenta abrange todas as esferas de governo e considera tributos como impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária.
É crucial compreender que impostos são tributos obrigatórios cobrados pelo governo para custear despesas administrativas do Estado. O não cumprimento dessas obrigações pode resultar em multas e penalidades legais.
Apesar dos altos valores arrecadados no Brasil, o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (IRBES) revela que o país ocupa a última posição entre os 30 países analisados. Isso significa que, apesar da contribuição significativa dos contribuintes, o retorno desses valores para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos é insatisfatório.
O levantamento destaca que, pelo quinto ano consecutivo, a Irlanda lidera o índice de retorno de impostos ao bem-estar da sociedade, seguida por Suíça, Austrália, Estados Unidos e Coreia do Sul. No Brasil, as unidades federativas com melhor desempenho são Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná.
Por outro lado, os estados com menor índice de retorno ao bem-estar da população são Bahia, Maranhão, Alagoas, Rondônia e Amazonas. Esse contraste levanta questões sobre a eficácia do uso dos recursos arrecadados e destaca a necessidade de aprimorar a gestão pública para proporcionar benefícios tangíveis à sociedade.