Um crime que chocou a comunidade de Brasiléia no ano de 1998 caminha para ter um desfecho com o julgamento do homem denunciado pela autoria. José Estevão de Morais, que ficou foragido da Justiça acreana por cerca de 25 anos, foi pronunciado para ir a júri popular.Morais é acusado de ter matado o taxista Alzenir Pinheiro Pereira. A sentença de pronúncia foi assinada pelo juiz Clovis de Souza Lodi, daquela comarca, mas o julgamento ainda não tem data marcada para ser realizado.
O réu será julgado por homicídio qualificado com o agravante de recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime ocorreu no km 18 da BR-317 (Estrada do Pacífico), quando o taxista foi brutalmente assassinado com 19 golpes de faca, a maioria pelas costas.José Estevão teria contratado o taxista Alzenir Pinheiro para fazer uma corrida com destino à zona rural do município. Mas durante o trajeto, por razões desconhecidas, desferiu as 19 facadas na vítima.
O mandado de prisão foi cumprido em setembro do ano passado, após a Polícia Federal de Epitaciolândia repassar informações sobre o paradeiro do fugitivo, que estava no município rondoniense de Ariquemes.No entanto, desde 30 de novembro passado o autor do crime está em liberdade, pois a Justiça do Acre atendeu um pedido da defesa do réu e revogou a prisão preventiva.
De acordo com o jornal O Alto Acre, de Brasiléia, consta no registro da delegacia daquela cidade, na época comandada pelo delegado José Alves, que dias antes de praticar o assassinato do taxista, José Estevão teria cometido um estupro de uma jovem de 17 anos.
O crime, inclusive, teria ocorrido quando o acusado contratou o taxista para ir à zona rural para conversar com o pai da jovem, três dias após o suposto abuso sexual. No retorno, José Estevão, sem um motivo aparente, praticou o assassinato, fugindo do local, tendo o corpo da vítima sido localizado apenas no dia seguinte.
Com colaboração do jornalista Alexandre Lima.
Via Ac24horas