28 novembro 2024

Exploração sexual infantil na internet atinge recorde em 2023

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As denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil na internet atingiram um recorde em 2023, marcando o maior número desde o início da série histórica em 2006. Foram registradas 71.867 queixas no ano passado, um aumento de 28% em relação ao recorde anterior, que foi registrado em 2008, com 56.115 denúncias. Em comparação com 2022, houve um aumento de 77,1%. Os dados foram divulgados hoje (6) pela organização não governamental (ONG) Safernet.

Segundo a ONG, três fatores principais contribuíram para o aumento das denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil: as demissões em massa realizadas pelas grandes empresas de tecnologia, que impactaram as equipes de segurança, integridade e moderação de conteúdo de algumas plataformas; o aumento da venda de imagens de nudez e sexo autogeradas por adolescentes; e o uso de inteligência artificial para a criação desse tipo de conteúdo.

As denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil, somadas a outras violações de direitos humanos ou crimes de ódio na internet (xenofobia, tráfico de pessoas, intolerância religiosa, neonazismo, apologia a crimes contra a vida, racismo, LGBTfobia e misoginia), também atingiram um recorde. Em 2023, a Safernet recebeu um total de 101.313 queixas – o recorde anterior, registrado em 2008, totalizou 89.247 denúncias.

Entre os crimes de ódio praticados na internet, destacaram-se os aumentos significativos, em relação a 2022, de 252,25% nas denúncias de xenofobia e de 29,97% na intolerância religiosa na rede. De acordo com a ONG, o crescimento dessas queixas está relacionado à guerra na Faixa de Gaza, na Palestina, no Oriente Médio.

Houve uma queda no número de denúncias de três crimes de ódio entre 2023 e 2022: racismo, que diminuiu 20,36%; LGBTfobia, com queda de 60,57%; e misoginia, com uma redução de 57,56%. Segundo a Safernet, a diminuição das denúncias desses crimes em 2023 era esperada, uma vez que essas queixas tendem a aumentar em anos eleitorais, como observado em 2018, 2020 e 2022.

Via Agência Brasil.

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