27 novembro 2024

Foragido por 18 anos no Acre, acusado de chacina de pescadores no Mato Grosso é condenado à prisão

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

O Tribunal do Júri do Mato Grosso proferiu nesta semana a condenação de Joilson James Queiroz, de 58 anos, pelo assassinato de três pescadores na fazenda do ex-bicheiro João Arcanjo, em Várzea Grande, em 2004. Após 18 anos foragido, o indivíduo, atualmente residente no Acre, foi encontrado pelo Núcleo de Inteligência da DHPP e teve sua prisão preventiva decretada pelo juiz responsável pelo caso.

Joilson foi sentenciado a 46 anos de prisão pelo homicídio de Pedro Francisco da Silva, José Ferreira de Almeida, Itamar Batista Barcelos e Areli Manoel de Oliveira.

A decisão do júri destacou a crueldade do crime, além da dificuldade de defesa das vítimas e a ordem para afogá-las. Como gerente da propriedade rural, Joilson abusou de sua autoridade para que funcionários subordinados a ele cometessem os assassinatos. A pena foi agravada pelo motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa das vítimas e o crime praticado para assegurar a impunidade de outro delito.

“Diante das circunstâncias graves dos crimes e observando o disposto no dispositivo citado, a pena é aumentada em dobro, tornando definitiva a reprimenda em 46 anos de reclusão”, declarou o trecho da decisão.

Além de Joilson James Queiroz, outros indivíduos também foram condenados pelo crime. No entanto, Alderi de Souza Ferreira, conhecido como “Tocanguira”, permanece foragido.

Os assassinatos ocorreram na propriedade de João Arcanjo Ribeiro, nas represas de piscicultura, em 20 de março de 2004. Segundo a denúncia do Ministério Público, os acusados trabalhavam na Fazenda São João e as vítimas teriam adentrado na propriedade sem autorização para pescar.

Joilson, na função de administrador da fazenda, e os demais denunciados, agindo como seguranças, teriam recebido a ordem para matar as três vítimas após o primeiro homicídio. Os corpos foram jogados em diferentes pontos à margem da estrada para dificultar as investigações. Durante as apurações, os acusados confirmaram que as vítimas foram amarradas e jogadas no lago onde pescavam, demorando cerca de 20 minutos para morrer.

Via Contilnet.

Veja Mais