24 novembro 2024

Roraima registra 45% do total de focos de queimadas do país em fevereiro, revela Inpe

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Governo do estado decretou situação de emergência em nove municípios de Roraima devido aos efeitos da estiagem na região Jader Souza/AL Roraima

Em fevereiro deste ano, o estado de Roraima enfrentou uma grave situação com o registro de 2.057 focos de queimadas, conforme dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse número representa impressionantes 45% de todos os focos detectados em todo o país durante o mesmo período, totalizando 4.568.

Desde o início do ano, Roraima já contabiliza 2.661 focos de queimadas, superando inclusive o total registrado ao longo de todo o ano de 2023, que foi de 2.659 focos. Em comparação com fevereiro do ano passado, quando foram identificados apenas 168 focos, a situação atual é alarmante.

A estiagem severa, agravada pela influência do fenômeno El Niño, tem afetado o estado de Roraima. Como resultado, o governo estadual decretou situação de emergência em nove municípios: Amajari, Alto Alegre, Cantá, Caracaraí, Iracema, Mucajaí, Pacaraima, Normandia e Uiramutã.

Os municípios mais atingidos pelos focos de queimadas em fevereiro foram Mucajaí (401), Caracaraí (335), Amajari (235) e Rorainópolis (218).

Além disso, a situação de estiagem afetou o abastecimento de água potável, com redução de 20% na produção de água nos poços artesianos. O governo estadual implementou pontos de coleta de água gratuita em sedes municipais e disponibilizou abastecimento na matriz da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer).

O Corpo de Bombeiros de Roraima alerta para a prática local de queimadas para “limpeza” da terra, destacando que isso agrava a situação, podendo levar a incêndios descontrolados.

Diante desse cenário preocupante, o governo estadual convocou os prefeitos de todos os municípios para elaborar um planejamento conjunto de enfrentamento às queimadas e solicitou reforço do governo federal para atuar de forma integrada e eficaz diante dessa situação crítica.

Via CNN Brasil.

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