8 outubro 2024

Polícia Federal desmantela quadrilha que superfaturou compras para combate à Covid-19, causando prejuízo de mais de R$ 5 milhões

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Nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação no estado do Rio de Janeiro visando desarticular uma quadrilha responsável por fraudar licitações e inflar preços em compras emergenciais de equipamentos para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. As investigações apontam que o esquema gerou um prejuízo que ultrapassa os R$ 5 milhões aos cofres públicos.

Denominada Operação Janus, a ação mobiliza cerca de 50 agentes da PF, que cumprem 10 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias (na região metropolitana) e Bom Jardim (no interior do estado). A operação conta ainda com o apoio de 12 auditores da Controladoria Geral da União (CGU).

Os mandados abrangem residências, empresas e escritórios vinculados à organização criminosa. A Justiça Federal, por meio da 4ª Vara Federal de São João de Meriti/RJ, também determinou o sequestro de bens e valores que ultrapassam R$ 5 milhões.

Entre os locais alvo da operação está uma mansão localizada em um condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Durante as buscas, foram apreendidos carros de luxo, relógios e uma quantia em dinheiro de US$ 6 mil (equivalente a R$ 30 mil).

A PF também encontrou um lagarto australiano em um dos endereços vasculhados. A filha de um dos investigados foi presa em flagrante e encaminhada à superintendência da PF.

Em Bom Jardim, a ação se concentrou na sede de uma das empresas envolvidas no esquema criminoso.

A investigação, iniciada em 2020, revelou irregularidades nos processos de dispensa de licitações para aquisição de equipamentos emergenciais no combate à Covid-19. Entre as fraudes detectadas, destacam-se os superfaturamentos em contratos com a prefeitura de Duque de Caxias, por meio de empresas fictícias.

A PF ressaltou que a operação busca novos elementos de prova, além de cumprir as ordens judiciais e confiscar patrimônio e valores adquiridos de forma ilícita. Os investigados enfrentarão acusações de associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, entre outros crimes.

O nome “Janus” faz referência à figura da mitologia romana que simboliza transições e começos, sendo representada com duas faces. A Agência Brasil tentou contato com a prefeitura de Duque de Caxias, porém não obteve resposta até a finalização desta reportagem.

Via Agência Brasil.

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