8 outubro 2024

Polícia Federal prende PM da reserva suspeito de integrar milícia que invade terras disputadas por indígenas

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Na segunda-feira (18), a Polícia Federal realizou a prisão de um policial militar da reserva conhecido como “Botelho”, sob suspeita de integrar uma milícia armada que promove invasões de terras em Tomé-Açú, no nordeste do Pará. A investigação está em curso e é mantida em sigilo pelas autoridades.

A região em questão é palco de conflitos envolvendo disputas de terras entre indígenas e empresas do setor de óleo de palma, conhecido como a “guerra do dendê”. Uma das invasões armadas resultou em três pessoas feridas em uma aldeia indígena.

De acordo com as denúncias sob investigação, um grupo de indígenas contratou serviços de pistoleiros, incluindo “Botelho” e outros dois indivíduos que utilizavam coletes da Polícia Federal, para expandir áreas de ocupação. Isso desencadeou um conflito interétnico entre os indígenas Tembé.

Os suspeitos, incluindo “Botelho”, são acusados de ameaçar indígenas, escoltar cargas roubadas de dendê e participar das invasões.

A prisão de “Botelho” ocorreu durante a segunda fase da operação Guaicuru, que também resultou na prisão de duas lideranças indígenas em janeiro: Paratê e Marques Tembé. A PF esclareceu que a prisão do policial reformado foi solicitada logo após a primeira fase da operação.

A Polícia Federal informou que “Botelho” é investigado por suspeita de invasão de terras produtivas de dendê e por atentar contra povos indígenas e quilombolas. A prisão ocorreu em sua residência.

A operação contou com o apoio da Polícia Civil do Pará, mas não foram fornecidos detalhes específicos sobre a colaboração.

Os crimes sob investigação incluem tentativa de homicídio, associação criminosa, formação de milícia privada, posse ilegal de arma de fogo, entre outros, segundo a PF.

Com informações do ac24horas.

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