Radicado no ramal Lua Nova, Leopoldo Pereira Damasceno, soldado da borracha, é uma figura marcante na história de Sena Madureira, destacando-se entre aqueles que construíram suas famílias com esforço próprio.
Descendente de nordestinos, com uma mãe paraibana e um pai cearense, Leopoldo sempre foi conhecido por seu trabalho árduo. Ao lado de sua esposa Laura Magalhães (em memória), ele criou suas nove filhas.
Sua trajetória é marcada pelo trabalho como seringueiro e agricultor. Inicialmente, passou um ano cortando seringa no seringal Reforma, Rio Caeté, antes de se mudar para a comunidade 7 de Setembro, na boca do Rio Macauã. Lá, continuou sua produção de borracha em condições mais favoráveis. Lembra com detalhes as dificuldades enfrentadas na época, onde o isolamento durante o verão podia ser fatal para os doentes.
Mesmo em idade avançada, Leopoldo mantém um vigor e disposição impressionantes. Aos 90 anos, ainda cuida de um roçado próximo à sua casa, acordando todas as manhãs às 4:30 para cuidar de suas plantações. Com a desvalorização da borracha, passou a se dedicar à agricultura, cultivando milho, mandioca e outros produtos.
Lembrando dos tempos em que Sena Madureira tinha apenas três prédios, Leopoldo destaca as mudanças que testemunhou ao longo dos anos na cidade.
Casado por mais de 60 anos com Laura Magalhães Damasceno, seu Leopoldo sente profundamente a perda de sua companheira, falecida há dois anos.
Neste sábado (30), seu Leopoldo completará 91 anos de idade, e a família está organizando um almoço para celebrar essa marcante data, reconhecendo sua vida de trabalho, determinação e vitalidade.
Via Contilnet
