O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) recebeu uma grave denúncia de assédio moral e intolerância religiosa envolvendo funcionários do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) em Sena Madureira. A denúncia, registrada sob o número 11.2024.00000552-9, está em andamento e revela uma série de supostos abusos por parte da coordenação do CREAS e do Secretário Municipal de Assistência Social.
A denúncia relata que a coordenadora do CREAS de Sena Madureira, com a anuência do Secretário Municipal de Assistência Social, tem praticado assédio moral contra as funcionárias do órgão, incluindo assistentes sociais, psicólogas e auxiliares de serviços gerais. Os relatos apontam para um ambiente de trabalho hostil, onde as profissionais são submetidas a humilhações e exaustão mental constante.
A assistente social Maronilda Fadel foi uma das principais vítimas, conforme o relato. Após tentar dialogar com a coordenadora sobre os maus-tratos, Maronilda foi demitida. Antes disso, ela foi coagida a participar de um bingo apoiado pelo Secretário Municipal de Assistência Social, apesar de ter informado que sua religião não permitia tal participação. Maronilda foi forçada a realizar um pagamento via Pix para as cartelas de bingo, contrariando suas crenças.
Além disso, durante as comemorações de aniversário do Secretário e de sua secretária, Maronilda foi novamente pressionada a participar, apesar de ter manifestado sua objeção com base em suas convicções religiosas. A recusa resultou em perseguição, sendo inclusive retirada de reuniões importantes sob ordens superiores.
Os relatos indicam que Maronilda foi excluída de todos os eventos do CREAS e impedida de realizar atendimentos. O ápice da situação ocorreu quando, após apresentar um atestado médico, Maronilda foi exposta publicamente pela coordenadora em um grupo de WhatsApp, sendo constrangida a trabalhar mesmo doente. Após retornar da licença médica, Maronilda foi informada de sua demissão.
A denúncia foi apresentada ao MPAC na esperança de que as autoridades intervenham para proteger os direitos dos trabalhadores e promover um ambiente de trabalho saudável. A assistente social Maronilda Fadel, testemunha chave no caso, acredita que a intervenção do MPAC é crucial para cessar os abusos e garantir justiça para todas as vítimas envolvidas.
O espaço fica aberto caso os envolvidos queiram se pronunciar sobre a denúncia.
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