O nível do Rio Acre atingiu uma marca preocupante nesta sexta-feira (14), chegando a apenas 1,99 metros, segundo medição da Defesa Civil de Rio Branco. Este é o menor nível registrado para o mês de junho desde 1971. Em entrevista ao ContilNet, o tenente-coronel Cláudio Falcão, diretor de Administração de Desastres da Defesa Civil, explicou que o rio não ficava abaixo de 2 metros neste período do ano há mais de cinco décadas.
A situação crítica do Rio Acre já era prevista pela Defesa Civil, que vinha alertando para uma seca severa na capital acreana. “Desde 1971, nunca vimos o nível do rio abaixo de 2 metros em junho. Esta marca geralmente é registrada em julho”, destacou Falcão. Ele acrescentou que, em condições normais, o rio deveria estar medindo cerca de 5 metros nesta época do ano.
Há dez dias consecutivos, a Defesa Civil tem registrado uma diminuição no nível das águas em Rio Branco. Abaixo da cota de 2 metros, o rio é considerado intrafegável, complicando a navegação, o escoamento da produção ribeirinha e a captação de água tanto nas comunidades rurais quanto na zona urbana.
A crise atual ocorre poucos meses após Rio Branco enfrentar a segunda maior enchente de sua história. Em março, o Rio Acre ultrapassou a marca de 17,75 metros, afetando 19 das 22 cidades do estado e atingindo mais de 120 mil pessoas. Essa enchente foi considerada o maior desastre ambiental do Acre em termos de impacto na população.
O contraste entre a enchente histórica e a seca severa que se seguiu ilustra os desafios climáticos extremos enfrentados pela região. A Defesa Civil continua monitorando a situação de perto, mas a previsão de seca severa sugere que Rio Branco e outras áreas do Acre enfrentarão desafios significativos nos próximos meses.
Via Contilnet.