25 novembro 2024

Inflação de Junho: Alimentos e saúde impactam diferentes faixas de renda

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Nesta segunda-feira (15), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um levantamento mostrando que a inflação de junho apresentou desaceleração em relação a maio para todas as faixas de renda, com destaque para os grupos de alimentos e bebidas e saúde e cuidados pessoais.

O levantamento mensal do Indicador Ipea de Inflação por faixa de renda considera seis categorias de renda domiciliar, desde muito baixa até alta. Em junho, o grupo que mais contribuiu para a inflação foi o de alimentos e bebidas, destacando-se aumentos nos preços do arroz (2,3%), tubérculos (2%) e leites e derivados (3,8%). Por outro lado, houve deflação em itens como frutas (-2,6%), carnes (-0,47%) e aves e ovos (-0,34%).

O grupo de saúde e cuidados pessoais também teve impacto significativo, com reajustes notáveis em produtos farmacêuticos (0,52%), higiene pessoal (0,77%), serviços médicos como hospital e laboratório (1,0%), e planos de saúde (0,37%).

A maior desaceleração da inflação foi observada entre as famílias de renda alta, com uma variação de apenas 0,04% em junho, frente a 0,46% em maio. Este grupo foi favorecido pela redução das tarifas aéreas (-9,9%) e dos transportes por aplicativo (-2,8%).

Em contrapartida, as maiores variações de inflação ocorreram nas faixas de renda baixa e muito baixa, ambas com 0,29% em junho, repetindo o mesmo índice de maio (0,48%).

No acumulado do ano, a menor variação foi de 1,64% para as famílias de renda alta, enquanto a maior foi de 2,87% para as famílias de renda muito baixa. Em termos acumulados nos últimos 12 meses, as famílias de renda muito baixa apresentaram uma inflação de 3,66%, ao passo que as de renda alta acumularam 4,79%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado como índice oficial da inflação no país pelo IBGE, registrou uma variação de 2,43% desde o início do ano, refletindo o cenário econômico atual.

 

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