26 novembro 2024

Brasil vê aumento alarmante de 61% nos focos de queimadas nos primeiros sete meses de 2024**

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Os dados recentes sobre focos de queimadas no Brasil mostram um aumento alarmante nos primeiros sete meses de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. O crescimento no país até este sábado, 3, é de 61%, com 62.971 focos registrados em 2024 contra 39.049 em 2023.

Entre os estados, o Acre se destaca entre os seis com maior crescimento de focos de queimadas de um ano para o outro, com 802 ocorrências em 2024 contra 322 em 2023, um aumento de 149% até a última atualização do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Mato Grosso do Sul e Roraima lideram os maiores aumentos percentuais, com crescimentos de 455% e 263%, respectivamente. Rio de Janeiro e Rondônia também apresentam elevações significativas, de 159% e 170%, respectivamente, em relação ao ano passado.

Em termos absolutos, Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 1.166 focos em 2023 para 6.477 em 2024. Mato Grosso também teve um crescimento expressivo, com os focos subindo de 7.670 em 2023 para 11.743 em 2024.

Roraima viu os focos aumentarem de 1.276 para 4.633. O Amazonas seguiu a mesma tendência, com os focos subindo de 2.569 para 5.445. Tocantins registrou um aumento de 4.044 focos em 2023 para 5.734 em 2024.

Fatores para o aumento dos casos

Segundo a Climatempo, os primeiros sete meses de 2024 foram notavelmente mais quentes do que em 2023. A atuação de massas de ar quente na região central do Brasil causou a irregularidade das chuvas e o aumento das temperaturas, contribuindo para o aumento no número de focos de queimadas.

Desde o início do ano, ocorreram cinco períodos de temperatura extrema no Brasil: três ondas de calor e dois veranicos. Destaca-se a onda de calor que durou de 22 de abril até 10 de maio, uma das mais longas registradas nos últimos anos, com cerca de 18 dias de temperaturas acima da normalidade, variando entre 3ºC e 7ºC acima da média.

A Climatempo também afirma que a atuação do fenômeno El Niño desde o segundo semestre de 2023 até junho, junto com o aquecimento do Atlântico, favoreceu a intensificação dessas massas de ar quente e a irregularidade das chuvas. Em contraste, os primeiros sete meses de 2023 foram caracterizados por uma transição, sem efeitos climáticos mais notáveis no Brasil.

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