23 outubro 2024

Promotor Tales Tranin nega envolvimento com organizações criminosas e acusa vazamentos de ‘fake news’

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Tales Tranin é promotor do MPAC/Foto: Reprodução

O promotor do Ministério Público do Acre, Tales Tranin, concedeu uma entrevista coletiva na última sexta-feira (13) para esclarecer as investigações autorizadas pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Samoel Evangelista. As investigações apuram supostas ligações do promotor com organizações criminosas no estado. Acompanhado pelo advogado Erik Venâncio, a defesa apresentou uma manifestação oficial, explicando que o processo está sob sigilo em quatro instâncias, o que impede a divulgação de mais detalhes.

A coletiva foi convocada em resposta ao vazamento de informações divulgadas pela imprensa local, que o promotor classificou como “criminoso” e “fake news”. A defesa ressaltou que até o momento não há ação penal ou condenação formal contra Tranin. O processo foi aberto após uma investigação administrativa conduzida pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Uma das acusações divulgadas na mídia alegava que o promotor teria relações sexuais pagas durante inspeções em presídios. O advogado negou a veracidade dessa afirmação e explicou que, embora Tranin tenha mantido relações sexuais pagas com alguns monitorados, isso ocorreu fora do ambiente prisional, na casa do promotor, em Rio Branco.

“O promotor nunca teve qualquer relação pessoal com essas pessoas dentro do sistema penitenciário, e muito menos envolvimento com organizações criminosas”, afirmou o advogado.

A defesa também destacou que as decisões tomadas por Tranin em casos envolvendo essas pessoas seguiram rigorosamente a legalidade e o parecer técnico do Ministério Público. “Em sete desses processos, ele pediu a prisão ou a regressão de regime, o que mostra que não houve qualquer favorecimento”, completou o advogado.

Sobre a acusação de que o promotor teria emprestado seu carro para ajudar em um assalto, a defesa esclareceu que Tranin apenas buscou um rapaz com quem havia marcado um encontro. A situação foi mal interpretada por uma pessoa que emprestou o celular ao rapaz e acionou a polícia por considerá-lo suspeito. Essa pessoa, em depoimento ao delegado, negou qualquer tentativa de roubo ou assalto.

O advogado defendeu que Tales Tranin foi vítima de um “assassinato de honra” devido à sua orientação sexual e reiterou o direito de qualquer cidadão de ter liberdade em sua vida pessoal.

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