20 setembro 2024

Seca histórica no Rio Solimões atinge novo recorde e complica votação no Amazonas

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A seca histórica no rio Solimões segue avançando, atingindo níveis cada vez mais críticos. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o nível do rio atingiu a marca de -1,99 metros nesta quarta-feira (18/9), estabelecendo um novo recorde. Apenas dois dias antes, na segunda-feira (16/9), a cota já havia registrado -1,91 metros, e desde 9 de setembro, quando o nível do rio estava em -1,42 metros, a situação tem se agravado diariamente.

Até então, o pior nível já registrado no Alto Solimões havia ocorrido em 2010, com uma cota de -0,86 metros, em 11 de outubro daquele ano. Com o agravamento da situação, o SGB precisou trocar a régua de medição no local.

A seca não afeta apenas o nível dos rios, mas também a logística de votação nas áreas mais isoladas do Amazonas. Em Manacapuru, um dos municípios mais populosos da Região Metropolitana de Manaus, a estiagem está aumentando o tempo de deslocamento dos eleitores.

De acordo com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), desembargador João Simão, o transporte de urnas para áreas rurais, feito por barco, deverá começar mais cedo neste ano. “Na eleição de 2022, os barcos partiam à tarde, agora será necessário iniciar de manhã, já que um percurso que durava duas horas agora pode levar até quatro devido ao baixo nível da água”, explicou o desembargador. Mais de 8 mil eleitores em 18 locais de votação e 31 seções estão em áreas severamente afetadas, com outras 881 pessoas em locais moderadamente impactados.

Ação Humanitária

Diante da gravidade da situação, o Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil, anunciou o envio de mais de 1.500 toneladas de alimentos aos municípios atingidos pela seca. A ação faz parte de uma série de medidas humanitárias que incluem a distribuição de água potável e o fornecimento de apoio logístico para garantir o abastecimento de suprimentos essenciais. Até o momento, cerca de 30 municípios já foram beneficiados com os kits de alimentos.

A situação no Amazonas continua a se deteriorar, exigindo esforços coordenados para minimizar os impactos da estiagem na população.

Via RealTime1.

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