Pedro Henrique Costa Dias, de 13 anos, faleceu nesta terça-feira (24) no Pronto-Socorro de Rio Branco, três dias após ser atingido na cabeça com um golpe de capacete durante uma briga. O adolescente sofreu traumatismo craniano e teve morte encefálica. O suspeito da agressão já foi identificado, mas segue em liberdade.
A confusão ocorreu na noite de sábado (21), na Travessa Osasco, bairro João Eduardo I, na Baixada da Sobral. De acordo com a irmã de Pedro, Lauana Kethlen, a briga começou quando seu irmão mais velho, João Victor Costa Andrade, de 18 anos, foi à casa do ex-padrasto para pedir dinheiro a fim de comprar gás para a mãe.
“Minha mãe passou o dia sem água e meu irmão de 18 anos, ao ver a situação, foi até o ex-padrasto para pedir ajuda. Lá, houve uma discussão entre ele e meu ex-padrasto. Minha irmã, que estava presente, ligou para avisar minha mãe sobre a briga”, relatou Lauana.
O ex-padrasto estava com amigos e parentes consumindo bebidas alcoólicas quando a confusão começou. A mãe de Pedro Henrique, ao saber do que estava acontecendo, dirigiu-se ao local, sem perceber que o adolescente a seguia após vê-la passar em frente à quadra onde jogava bola.
Ao chegar ao local, Lauana contou que a situação já estava fora de controle. “Meu primo pegou uma faca para matar meu irmão, outro homem estava batendo nele, e minha irmã foi agredida por duas mulheres. Minha mãe tentou impedir que meu irmão fosse esfaqueado, e quando olhou para trás, viu o Pedro sendo agredido”, lamentou.
Pedro Henrique foi agredido logo ao chegar à cena da briga. De acordo com Lauana, o agressor, identificado como Fabrício, atacou o adolescente como uma forma de retaliação contra a família. “Pedro nem sabia o que estava acontecendo. Ele ficou de costas na esquina e, de repente, foi atacado por Fabrício, que estava com raiva do meu irmão. Foi uma briga generalizada”, relembrou.
A pancada na cabeça foi fatal. “A agressão destruiu a cabeça do Pedro. Quando meu irmão João Victor o viu sendo atacado, correu para defendê-lo. Ele ainda perguntou ao Pedro se ele sabia quem era o agressor. Pedro apenas respondeu: ‘é meu irmão’. Depois disso, ele apagou”, contou emocionada.
Pedro foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado em estado grave ao hospital, mas não resistiu. A família registrou o caso na Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav) nesta terça-feira.
Lauana, profundamente abalada, destacou que o irmão era evangélico e inocente. “Pedro era uma criança, não merecia isso. Meu outro irmão está em choque após apanhar muito. Queremos justiça. Pedro será velado na mesma igreja onde tocava violão pouco antes de tudo acontecer”, finalizou.