24 novembro 2024

Família traz corpo de jovem acreana assassinada pelo ex-namorado em Mato Grosso

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O corpo de Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, que foi assassinada pelo ex-namorado em Cuiabá, Mato Grosso, chegou a Rio Branco, no Acre, na noite desta quinta-feira (26), em um voo comercial. O velório acontece na capela do Cemitério São João Batista, onde o enterro está marcado para as 16h desta sexta-feira (27).

Juliana estava internada no Hospital Municipal de Cuiabá desde o dia 10 de setembro, após ter 90% do corpo queimado. O ex-namorado, Djavanderson de Oliveira Araújo, de 20 anos, a incendiou em Paranatinga, interior do Mato Grosso. A jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu na quarta-feira (25).

Djavanderson, que também teve 50% do corpo queimado no ataque, continua internado. Ele foi preso no hospital no dia 16 de setembro, e o caso agora é tratado como feminicídio consumado pela Polícia Civil. Segundo o delegado Gabriel Conrado Souza, o crime foi premeditado porque o suspeito não aceitava o fim do relacionamento.

Rosicléia Magalhães, mãe de Juliana, relatou que a filha conheceu Djavanderson quando ainda estudavam juntos em Porto Acre (AC). Preocupada, ela inicialmente proibiu o relacionamento. Anos depois, Rosicléia decidiu enviar Juliana para morar com a irmã mais velha em Cuiabá. Oito meses após a mudança, ela descobriu que Djavanderson também havia se mudado para Paranatinga, mas não sabia dessa proximidade.

Após o ataque, a família iniciou uma campanha para arrecadar fundos e conseguir trazer o corpo de Juliana de volta ao Acre. “Graças a Deus conseguimos [trazer o corpo]. É um momento muito difícil”, lamentou Rosicléia.

Ela também revelou que havia planejado trazer Juliana de volta para casa naquele fim de semana, depois que soube que a filha estava sendo perseguida pelo ex-namorado. “Eu tinha falado para ela: ‘filha, esse fim de semana vou te buscar’. Ela disse que ele estava a incomodando e que ia pegar a medida protetiva”, relembrou a mãe.

No dia 9 de setembro, Djavanderson comprou R$ 13 de álcool em um posto de combustível. Mais tarde, ele atraiu Juliana para sua casa no bairro Jardim Ipê, onde cometeu o crime. Ele também se feriu durante o ataque.

Rosicléia suspeita que Djavanderson tenha clonado o celular de Juliana e descoberto sobre a medida protetiva que ela planejava pedir. “Ele viu a mensagem e chamou ela até a casa”, explicou a mãe, relembrando os trágicos eventos da noite em que sua filha foi atacada.

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