Jhonnes Lisboa, conhecido promotor de eventos no Acre e responsável pela contratação dos shows da ExpoSena 2024, foi preso pela Polícia Federal na tarde desta Terça (01), após ser flagrado com R$ 700 mil em espécie. A prisão ocorreu na saída de uma agência da Caixa Econômica Federal, localizada no Bairro Bosque, em Rio Branco. A abordagem foi resultado de uma denúncia anônima, que alertou as autoridades sobre a quantia elevada de dinheiro.
Lisboa, que tem uma longa trajetória na organização de eventos no estado e já foi proprietário do extinto Capones Bar, é também membro da Associação de Bares e Restaurantes. Além disso, ele possui fortes conexões com figuras políticas, sendo ligado a uma alta servidora da Casa Civil e ao partido Solidariedade, que apoia o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom.
Segundo fontes policiais, a prisão de Lisboa está relacionada a uma investigação sobre o possível superfaturamento dos cachês dos artistas contratados para a ExpoSena 2024, evento que movimenta a economia da região e atrai grandes nomes da música nacional. As suspeitas recaem sobre valores excessivos pagos a artistas, que podem ter desviado recursos públicos destinados ao evento.
A Polícia Federal o autuou em flagrante, e Lisboa foi conduzido à sede da corporação para prestar depoimento. O governo do estado declarou que não compactua com qualquer ato ilícito e deve emitir uma nota oficial nas próximas horas.
Com a prisão de Jhonnes Lisboa, novas frentes de investigação podem ser abertas, colocando sob escrutínio os contratos firmados para a ExpoSena 2024. A expectativa é de que uma auditoria detalhada seja realizada para apurar possíveis irregularidades no uso dos recursos públicos destinados ao evento.
