23 novembro 2024

FEM inicia processo para reconhecer Novenário de Nossa Senhora da Glória como patrimônio histórico do Acre

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Novenário de Nossa Senhora da Glória — Foto: Arquivo: Marcos Vicentti/Secom

A Fundação Elias Mansour (FEM) deu início, na terça-feira (1º), ao processo de reconhecimento do novenário de Nossa Senhora da Glória, celebrado anualmente no início de agosto, em Cruzeiro do Sul, como patrimônio histórico imaterial do estado do Acre. A historiadora da FEM, Iri Nobre, liderou as primeiras discussões com a comunidade local para dar início ao inventário que busca reconhecer essa prática religiosa secular como um bem cultural do estado.

“Uma celebração como essa, por sua própria natureza, já é um bem cultural e deve ser preservada e cuidada pela população. É isso que as instituições fazem quando identificam que a comunidade já abraça a celebração há muitos anos”, destacou Iri Nobre.

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O novenário de Nossa Senhora da Glória, padroeira de Cruzeiro do Sul, é um evento tradicional realizado de 5 a 15 de agosto, há mais de um século. A festividade religiosa atrai milhares de fiéis à segunda maior cidade do Acre, consolidando-se como uma das mais importantes manifestações de fé da região.

Segundo a historiadora, o pedido para que o novenário seja reconhecido como patrimônio imaterial partiu da própria comunidade local. “O que faremos, enquanto Fundação de Cultura Elias Mansour e patrimônio histórico do estado, é atender a uma demanda que nos foi trazida pela própria população da cidade e das áreas vizinhas. Vamos registrar esse evento, que já é um bem cultural, para que ele se torne um patrimônio imaterial do Acre. A partir disso, o Conselho Estadual de Patrimônio avaliará o dossiê que estamos elaborando e, após aprovação, será publicado no Diário Oficial”, explicou Nobre.

A equipe de historiadores está realizando estudos aprofundados para compilar todas as informações sobre o novenário, considerado o segundo maior evento religioso da região norte. A previsão é de que o processo de reconhecimento como patrimônio histórico seja finalizado até o novenário de 2025.

“Estamos trabalhando em um dossiê extenso, mas feito com muito cuidado e dedicação. Quero agradecer especialmente a colaboração dos gestores locais, conselheiros e da sociedade civil. Ontem tivemos uma reunião abrangente com essas pessoas, e de lá surgiram vários nomes de quem iremos entrevistar e registrar. Também estamos realizando uma pesquisa bibliográfica para reunir todas as informações já documentadas sobre o novenário, pois sabemos que muito material já foi produzido”, finalizou a historiadora.

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