Neste domingo (20/10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu um acidente doméstico em sua residência, que resultou em um ferimento leve na nuca. Após o incidente, Lula foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, unidade de Brasília, para uma avaliação médica mais detalhada. De acordo com boletim divulgado pela equipe médica, liderada pelos doutores Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio, o presidente está bem, mas foi recomendado que ele evitasse viagens de longa distância.
Com isso, a viagem de Lula para a Rússia, onde ele participaria da cúpula do Brics, foi cancelada. O embarque estava previsto para a tarde deste domingo (20), às 17h, na base aérea de Brasília. Em nota, o Palácio do Planalto confirmou que, em vez de comparecer presencialmente ao evento, Lula participará por videoconferência e manterá sua agenda de trabalho regular em Brasília ao longo da semana.
A reunião do Brics, marcada para ocorrer em Kazan, na Rússia, entre 22 e 24 de outubro, terá como tema principal a criação de uma nova categoria de países parceiros do bloco. Essa discussão surge após a ampliação do grupo, que, durante a última cúpula realizada em Joanesburgo, recebeu novos membros, incluindo Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Egito. Tradicionalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o bloco busca expandir sua influência e fortalecer alianças internacionais.
Em 2025, o Brasil assumirá a presidência rotativa do Brics, e espera-se que o governo concentre esforços no primeiro semestre, principalmente em razão da realização da Conferência do Clima (COP 30), prevista para acontecer em Belém, em novembro do próximo ano.
Desde a pane no avião presidencial durante viagem ao México, no início deste mês, estava programado que o presidente usaria o KC-30, maior aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), para se deslocar até a Rússia. A mudança fazia parte de um esforço para evitar novos contratempos, garantindo maior segurança nas viagens internacionais do chefe de Estado.