23 novembro 2024

Acusados pelo assassinato do jogador Thiago Oseas enfrentarão júri popular no Acre

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Thiago Oseas Tavares da Silva e a mãe Rosa Maria Vilas Boas da Silva; jovem foi morto no Acre — Foto: Arquivo pessoal

A Justiça do Acre decidiu que os acusados do assassinato de Thiago Oseas Tavares da Silva, jogador pernambucano de 18 anos, irão a júri popular pelo crime ocorrido em março deste ano. Andrey Borges Melo, Darcifran de Moraes Eduino Júnior e Kauã Cristyan Almeida Nascimento seguirão presos preventivamente por, pelo menos, mais 90 dias, aguardando o julgamento.

O caso é investigado como um crime relacionado à disputa entre facções criminosas. O jovem foi morto a tiros em 31 de março, no bairro Santa Inês, em Rio Branco, depois de postar uma foto com um gesto de “amor e paz”, associado ao Comando Vermelho, grupo rival da facção “Bonde dos Treze”, que controlava a área onde o crime ocorreu.

Thiago estava em uma festa de aniversário quando um grupo armado invadiu o local. Ele e outros convidados foram revistados, com os celulares vistoriados em busca de fotos que indicassem possível ligação com facções. Thiago, após ser identificado fazendo o gesto associado ao Comando Vermelho em uma foto, foi levado para outra rua e assassinado a tiros.

Rosa Maria Vilas Boas da Silva, mãe de Thiago, demonstrou profunda tristeza com a perda do filho, que sonhava em se tornar jogador profissional. Em entrevista à época, ela contou que o jogador sempre amou futebol e tinha treinado em clubes como Náutico, Santa Cruz e Sport, no Recife. Thiago havia chegado ao Acre duas semanas antes de sua morte para disputar o Campeonato Acreano Sub-20 pelo Santa Cruz-AC, e estava hospedado com outros jogadores.

“Para mim, a ficha ainda não caiu”, desabafou Rosa. Ela expressou o desejo de que o celular do filho seja recuperado para preservar as memórias de Thiago.

Ato de Extermínio e Denúncia do MP

A 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco destacou que as provas, colhidas na audiência de instrução, reforçam a materialidade do crime e a participação dos réus, que preferiram permanecer em silêncio durante os depoimentos. O Ministério Público do Acre (MP-AC) apresentou a denúncia em abril, e a corte já a havia aceitado.

Os réus responderão por homicídio qualificado, constrangimento ilegal, corrupção de menores e organização criminosa. A data do júri ainda não foi definida.

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