O deputado federal Gerlen Diniz (UB-AC) declarou apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende acabar com a escala de trabalho 6×1 no Brasil, mas mostrou-se cético quanto à sua aprovação. “Acho a ideia interessante. Assinamos a PEC. Porém, num país em que os parlamentares ressuscitam a cobrança do DPVAT (agora com um novo nome SPVAT) e são incapazes de aprovar a cobrança de impostos sobre grandes fortunas, não acredito que essa PEC será aprovada. Espero estar enganado!”, comentou Diniz.
A PEC, apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), foi assinada até esta terça-feira (12) por 140 deputados, incluindo os acreanos Socorro Neri (PP), Antônia Lúcia (Rep), Meire Serafim (UB), Roberto Duarte (Rep), Zezinho Barbary (PP) e Gerlen Diniz (UB). A proposta precisa de mais 37 assinaturas para avançar na Câmara dos Deputados.
A iniciativa visa reduzir o limite máximo de horas trabalhadas de 44 para 36 horas semanais e abolir a escala de seis dias de trabalho por um de descanso. Segundo Erika Hilton, essa mudança ajudaria a dar aos trabalhadores mais tempo para estudo, aperfeiçoamento e qualificação profissional, promovendo melhores oportunidades de carreira.
Dos oito deputados do Acre, dois ainda não se manifestaram. Eduardo Velloso (UB) afirmou que aguarda uma análise de impactos econômicos para tomar uma decisão, enquanto Coronel Ulysses Araújo (UB) ainda não deu seu parecer sobre o tema.
Com a PEC, os apoiadores esperam uma transformação significativa nas condições de trabalho no Brasil, mas, segundo Diniz, os obstáculos políticos e econômicos no Congresso podem dificultar a aprovação da medida.