A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para o mês de dezembro será verde, o que significa que não haverá cobrança adicional nas contas de luz. A decisão foi possível devido à “expressiva melhora das condições de geração de energia” no país.
Nas últimas semanas, o período de chuvas mais intensas beneficiou a geração de energia hidrelétrica, que possui um custo menor em comparação às usinas termelétricas. “A hidrelétrica passou a ser mais utilizada, reduzindo os custos, pois as termelétricas são acionadas apenas quando os reservatórios atingem níveis críticos”, explicou a Aneel.
Ao longo de 2024, a falta de chuvas levou à adoção de bandeiras tarifárias mais altas. Em setembro, foi aplicada a bandeira vermelha patamar 1, e em outubro, a vermelha patamar 2, os níveis mais caros. Já em novembro, a bandeira amarela trouxe uma cobrança adicional de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos.
Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos de geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional. Esses custos variam conforme a disponibilidade de recursos hídricos e o uso de fontes de energia mais caras, como as termelétricas.
As bandeiras são divididas em:
- Verde: Sem custo extra.
- Amarela: Custo adicional moderado.
- Vermelha patamar 1 e 2: Custos mais altos, dependendo da gravidade da situação.
A cor indica se o custo de geração será maior ou menor no período, ajudando os consumidores a entenderem as variações nas tarifas de energia. A bandeira verde é a mais vantajosa para os usuários, pois não implica em acréscimos na conta.
