A aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) com o limite de 40% de suplementação foi um duro golpe para o prefeito Mazinho Serafim e seu grupo político, que atuaram nos bastidores para reduzir a porcentagem para 10%. A estratégia, vista como uma tentativa de engessar a futura administração, liderada por Gerlen Diniz, fracassou com a decisão da maioria dos vereadores em manter os 40%.
Essa votação marca mais uma derrota política de Mazinho, que parece não ter digerido a vitória do prefeito eleito nas últimas eleições. Nos últimos meses, sinais de resistência e articulações para dificultar o início da nova gestão foram percebidos, deixando clara a intenção de impor desafios ao seu sucessor.
A postura de Mazinho e de seus aliados contrários à LOA levantou questionamentos sobre o verdadeiro compromisso com o desenvolvimento de Sena Madureira. Afinal, se por oito anos a suplementação permaneceu no patamar de 40%, qual a justificativa para querer reduzi-la agora, na reta final de seu mandato?
O revés ficou ainda mais evidente quando, no segundo turno da votação, todos os vereadores — até mesmo os que haviam votado contra no primeiro turno — optaram pela unanimidade em favor dos 40%. Esse desfecho escancarou o isolamento político do atual prefeito e de sua base.
Com o placar desfavorável nesta votação, as atenções agora se voltam para a escolha da nova mesa diretora da Câmara Municipal, que será eleita para o biênio 2025-2026. Mazinho e seus aliados ainda podem tentar interferir nesse processo como último recurso para exercer influência sobre os rumos da próxima gestão.
O novo prefeito precisa de um Legislativo alinhado com os interesses da população, e não submisso a articulações políticas de um governo derrotado nas urnas. Resta saber se o grupo do atual prefeito persistirá em manobras que possam prejudicar a transição administrativa ou se finalmente dará espaço para que a nova administração trabalhe livremente em prol da cidade.
A votação desta terça-feira reforça o recado das urnas: Sena Madureira quer mudança. A mobilização popular e o compromisso de uma maioria de vereadores em apoiar o futuro da cidade mostram que há forças dispostas a priorizar os interesses da população acima de disputas políticas mesquinhas.
Agora, cabe à sociedade acompanhar de perto os próximos passos, especialmente no processo de escolha da mesa diretora. Mazinho Serafim terá uma última oportunidade de demonstrar que está disposto a respeitar a vontade do povo ou se continuará tentando travar o avanço da nova gestão.
