18 dezembro 2024

Vereador de Boa Vista é investigado por esquema de compra de votos financiado pelo tráfico

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Na manhã desta quarta-feira (18/12), a Polícia Federal deflagrou a Operação Martellus, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa formada durante o período eleitoral de 2024. O grupo é suspeito de praticar crimes eleitorais, incluindo compra de votos.

As ações incluem o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão temporária, expedidos pela Justiça da 1ª Zona Eleitoral de Roraima.

A investigação começou após a prisão em flagrante de dez pessoas no dia 5 de outubro por corrupção eleitoral. Um dos suspeitos, apontado como líder de campanha, teria recrutado eleitores para votar em um candidato que disputava a reeleição para vereador em Boa Vista. Eleitores teriam recebido valores entre R$ 100 e R$ 150 em troca de seus votos.

O candidato, que foi reeleito e é alvo das ações de hoje, também foi preso em flagrante no dia 6 de outubro durante uma busca e apreensão conduzida pela PF. Na ocasião, ele foi acusado de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e posse de ouro em sua forma bruta, mantido em sua residência. Apesar da prisão, foi liberado posteriormente por decisão de habeas corpus.

A investigação apontou que o esquema, liderado pelo vereador, contava com o apoio de agentes públicos, incluindo um oficial da Polícia Militar de Roraima que o mantinha informado sobre denúncias relacionadas à compra de votos. Além disso, o vereador gerenciava um grupo em um aplicativo de mensagens para monitorar o andamento do esquema, que teria movimentado pelo menos R$ 1 milhão em compra de votos.

O vereador, já investigado anteriormente por outros crimes, também é suspeito de receber financiamento do tráfico de drogas para sustentar suas atividades parlamentares e disputar a presidência da câmara municipal.

Os investigados poderão ser indiciados por associação criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, transporte ilegal de eleitores, violação do sigilo do voto, violação de sigilo funcional, prevaricação e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal enfatiza que o combate aos crimes eleitorais é fundamental para preservar a integridade do processo democrático. A operação em Roraima visa reforçar o compromisso com a legalidade, transparência e punição de práticas ilícitas, desestimulando condutas que violam a democracia e a confiança pública.

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