Uma experiência real que gerou uma grande ideia, transformando-se em projeto para a 30ª Mostra Viver Ciência, realizada em novembro, em Rio Branco, e que agora é finalista e será apresentado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) em março de 2025 – essa é a trajetória do projeto Uso do Sensor de Gás na Prevenção de Acidentes Domésticos.
O desafio foi lançado pela professora Janai Albuquerque para alunos do 8º ano da Escola Raimundo Hermínio de Melo, na capital acreana. “Aí está a grande importância de deixar o aluno ser protagonista do próprio aprendizado, porque foi a partir de uma simples roda de conversa, em que eu perguntei para eles que problemas reais poderíamos resolver a partir da robótica, da ciência e das demais disciplinas, que um dos alunos relatou explosões de botijas de gás na casa de uma tia”, explica.
O aluno é Emanuel Araújo, que narrou que três botijas de gás já explodiram em casa de familiares, destruindo, inclusive, parte do telhado. Felizmente não houve vítimas. Agora, ele e o colega Pietro Bastos, representantes do grupo, veem o projeto alcançando outros espaços.
“Estou muito feliz por essa oportunidade que estamos tendo. É uma chance de ser um aluno melhor e descobrir coisas novas, mas, principalmente, estou muito grato pela oportunidade de ajudar as pessoas”, destaca Emanuel.
Para Pietro, o desafio é o maior atrativo. “Estou bem animado e me sentindo desafiado, porque estamos superando dificuldades e aprendendo mais, unindo teoria e prática. Além disso, esse projeto tem nos preparado não só para os desafios técnicos, mas pessoais também”, afirma.
A intenção da professora era aproveitar os conhecimentos da robótica trabalhados com os alunos por meio do Núcleo de Automação e Robótica da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), que deu todo o acompanhamento e apoio na construção do projeto e do protótipo.
Conforme explica o chefe do Núcleo, professor Antônio Fernandes, “o governo do Estado, por meio da SEE, tem levado a robótica educacional para várias escolas, através de minicursos, oficinas, cursos até as mentorias, como no caso da Escola Raimundo Hermínio de Melo. O legal de tudo foi ver o empenho dos alunos trabalhando na ideia que tiveram”.
O projeto foi um dos destaques na Mostra Viver Ciência e com isso a equipe do núcleo incentivou a professora a inscrevê-lo também na Febrace. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 18. “Eu nem acreditei quando vi. Nosso projeto é finalista e nós o apresentaremos na USP [Universidade de São Paulo] em março de 2025. Somos só felicidade neste momento, porque é uma recompensa por todo o trabalho que tivemos”, destaca a professora.
A feira
A Febrace é um programa de talentos em ciências e engenharia que estimula a cultura científica, o saber investigativo, a inovação e o empreendedorismo em jovens e educadores da educação básica e técnica do Brasil.
Desde 2003, a Febrace realiza uma mostra de projetos científicos e tecnológicos na USP, em São Paulo (SP) reunindo estudantes de todo o país. Até hoje, o evento já recebeu estudantes e professores de mais de 1.350 cidades diferentes.
Por Ascom