Wanderson Santos de Lima e Edirlan dos Santos Lima foram condenados a um total de 66 anos de prisão pelo homicídio do indígena Saide Pereira Lampião Jaminawá, de 33 anos, assassinado a tiros dentro de sua casa em janeiro de 2023, no conjunto habitacional Cidade do Povo, no Segundo Distrito de Rio Branco.
A condenação foi decidida por júri popular, que também reconheceu a participação da dupla na organização criminosa “Bonde dos 13”. Edirlan teve sua pena agravada por ameaçar uma testemunha do crime em pelo menos duas ocasiões.
Decisão judicial:
- Wanderson Santos de Lima: 23 anos, sete meses e oito dias de prisão, além de 249 dias-multa.
- Edirlan dos Santos Lima: 42 anos, quatro meses e 15 dias de prisão, além de 492 dias-multa.
A Justiça recebeu a denúncia contra os condenados em novembro de 2023, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima – além de emboscada, concurso de pessoas e integração em organização criminosa com uso de arma de fogo.
Edirlan foi apontado como líder da facção e responsável por ameaçar uma testemunha que presenciou a dupla deixando a residência da vítima. A testemunha e sua família precisaram ser realocadas e receberam proteção policial. Já Wanderson teve sua pena agravada por cometer o crime enquanto cumpria outra sentença.
O crime De acordo com o Centro de Operações Policiais Militares (Copom), a vítima foi abordada por dois homens ao entrar em casa. Os suspeitos invadiram a residência e efetuaram vários disparos. A esposa de Jaminawá testemunhou o crime, mas não conseguiu identificar os autores.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas a vítima já estava sem vida ao chegarem ao local. A área foi isolada para perícia técnica e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).