O estado do Acre decretou nesta terça-feira (1) emergência ambiental por causa das queimadas.
Entre 1º de janeiro e 31 de agosto deste ano o Acre registrou mais de 4 mil focos de incêndio. O número é o maior dos últimos 10 anos. Os dados estão no relatório de Monitoramento de Queimadas e Qualidade do Ar divulgados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
O decreto de emergência destaca o fato do Acre também enfrentar a falta de chuvas – que deve continuar até outubro; além da severa diminuição do nível dos rios e baixa Umidade Relativa do Ar. Todos esses fatores aumentam ainda mais o risco de incêndios florestais e queimadas urbanas.
O Governador Gladson Cameli justifica a medida alegando que o governo vai usar todos os mecanismos para coibir as queimadas.
A situação agrava a saúde da população acreana. Segundo dados do governo estadual, somente esse ano já foram registrados mais de 6 mil casos de doenças respiratórias na capital Rio Branco.
O secretário de Meio Ambiente, Israel Milani, alerta que o estado ainda enfrenta a pandemia da covid-19.
O estado de emergência ambiental vale por 180 dias e permite a dispensa de licitação nos contratos de compra de bens, prestação de serviços e obras relacionadas às atividades de respostas aos incêndios
O Acre ocupa o 5° lugar no ranking de focos de queimadas na Amazônia legal. O Mato Grosso tem o maior índice, 31% do total. Os dados são Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Nos oito primeiros meses de 2020, o Brasil registrou mais de 91,1 mil focos de incêndios.
O número é maior que os registro do mesmo período do ano passado quando foram detectados 90,5 mil focos.