Gregg Wallace, rosto conhecido do “MasterChef” britânico, foi oficialmente desligado do programa após um relatório independente confirmar 45 denúncias de conduta imprópria de um total de 83 acusações levantadas entre 2005 e 2024. A apuração, conduzida por um escritório de advocacia externo a pedido da produtora Banijay, apontou situações de assédio, nudez em ambientes profissionais, toques físicos não consentidos e comentários ofensivos de cunho sexual e racial.
O escândalo ganhou força após uma reportagem da BBC News revelar os primeiros detalhes das acusações. Desde então, mais de 50 pessoas procuraram a emissora para relatar comportamentos inadequados do apresentador; tanto nos bastidores do “MasterChef” quanto em outros eventos sociais e programas de televisão.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Masterchef Reino Unido tinha como jurados Gregg e John TorodeDivulgação: BBC One Masterchef UKDivulgação: BBC One No Brasil, o Masterchef conta como jurados os chefs Henrique Fogaça, Helena Rizzo e Érick JacquinReprodução: Band Os chefs Henrique Fogaça, Helena Rizzo e Erick Jacquin, junto com Ana Paula Padrão, que deixou o programaCrédito: Marcelinho Santos/Band Ana Paula Padrão nos estúdios do MasterChefReprodução
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A maior parte das alegações envolve piadas de teor sexual, linguagem ofensiva e declarações culturalmente insensíveis. Segundo testemunhos colhidos durante a investigação, Wallace teria, em diversas ocasiões, feito insinuações sexuais e até se despido diante de colegas. Algumas denúncias vieram de ex-participantes do reality culinário, que relataram episódios de constrangimento e desrespeito durante as gravações.
A BBC e a Banijay admitiram falhas no gerenciamento do caso e pediram desculpas públicas. Em comunicado, a BBC afirmou que “mais poderia e deveria ter sido feito antes”. A Banijay, por sua vez, reconheceu que seus protocolos internos foram insuficientes para lidar com a situação: “Lamentamos profundamente qualquer pessoa que tenha sido afetada por esse comportamento e não tenha se sentido capaz de se manifestar na época, ou cuja queixa não tenha sido tratada adequadamente”, declarou Patrick Holland, presidente da produtora.
Durante o processo de apuração, Wallace recebeu um diagnóstico de autismo, o que foi mencionado no relatório como um possível fator que contribuiu para determinados comportamentos. Mas, instituições ligadas a pessoas no espectro autista reagiram negativamente à associação, destacando que a condição não deve ser usada como justificativa para atitudes abusivas.
O próprio apresentador declarou que não pretende se esconder atrás do diagnóstico e lamentou ter causado sofrimento, dizendo que “nunca teve a intenção de prejudicar ou humilhar” alguém.






