A flexibilização das medidas de isolamento social para o controle da pandemia de covid-19 está pressionando cada vez mais o mercado de trabalho. Em julho, agosto e setembro, mais um milhão e 300 mil pessoas entraram na fila em busca de emprego.
A taxa de desocupação no 3º trimestre do ano chegou a 14,6%. Foi a maior já registrada desde 2012, quando o IBGE iniciou a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Agora são 14,1 milhões de brasileiros desempregados.
De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (27), o número de pessoas ocupadas no terceiro trimestre deste ano caiu em relação ao segundo trimestre, totalizando 82,5 milhões. Este é o menor patamar da série histórica da pesquisa.
O IBGE aponta que, desde o trimestre encerrado em maio, o nível de ocupação está abaixo de 50%. Significa que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país.
Mas, as atividades de construção e agricultura tiveram crescimento da população ocupada no terceiro trimestre. Na construção foram mais 399 mil pessoas trabalhando, enquanto na Agricultura mais 304 mil pessoas conseguiram emprego.
A explicação, segundo o IBGE, é que pedreiros ou outros trabalhadores por conta própria, que tinham se afastado do mercado em função do distanciamento social, retornaram no terceiro trimestre com a reabertura das atividades e a demanda por pequenas obras.
Já na Agricultura, a alta pode estar relacionada à sazonalidade do cultivo. No campo, o impacto do distanciamento social foi menor do que na cidade.
Agência Brasil