A Eagle Holding Football negou a existência do empréstimo de R$ 152 milhões que o Botafogo SAF afirma ter sido feito ao grupo. Em carta enviada a João Paulo Magalhães Lins, presidente associativo do clube, e datada de 5 de agosto, o diretor independente da Eagle, Christopher Mallon, declarou não ter encontrado nenhuma evidência de tal empréstimo.
Segundo o documento, “A Eagle Bidco está investigando a situação, por meio do diretor independente, como parte de seu trabalho para entender os saldos entre empresas do grupo e estabelecer procedimentos contábeis robustos em cada um dos clubes e na própria Eagle Bidco”. No texto, Mallon reforça que John Textor não está mais no comando da Eagle Holding e o responsabiliza pela crise financeira do grupo e do Lyon.
Veja as fotosAbrir em tela cheia John Textor deu entrevista pedindo desculpas à Leila e Ednaldo pelos bonecos enforcadosJohn Textor deu entrevista pedindo desculpas à Leila e Ednaldo pelos bonecos enforcados (Reprodução) John Textor junto a taça do Brasileirão de 2024 (Victor Silva/Botafogo)John Textor junto a taça do Brasileirão de 2024 (Victor Silva/Botafogo) Reprodução
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Crise no Lyon
A contestação ocorre no contexto do afastamento de Textor da gestão da Eagle após o agravamento da crise do Lyon, que chegou a ter o rebaixamento decretado pelo órgão de controle financeiro antes de reverter a decisão. O impasse levou a uma disputa pelo controle da SAF do Botafogo.
Transferência da SAF
Em 17 de julho, o Conselho Administrativo da SAF aprovou a transferência dos ativos e da SAF do Botafogo para uma nova empresa criada nas Ilhas Cayman. A operação incluiu a venda de uma dívida da Eagle com o Botafogo, aumento de capital, emissão de novas ações e um empréstimo de 100 milhões de euros, tendo receitas futuras do clube como garantia.
Para a Eagle Holding Football, a ação de Textor é ilegal; a nova gestão aponta possível conflito de interesses por o empresário ser, ao mesmo tempo, “vendedor e comprador”, e manifesta temor de denúncias de fraude.
Judicialização da disputa
A disputa foi judicializada. Em 31 de julho, a decisão da Justiça do Rio de Janeiro “congelou as ações de Eagle na SAF do Botafogo”, impedindo alteração societária que retirasse Textor do controle.
Com base nesse despacho, o empresário permanece no comando do clube. A Eagle ingressou no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para impedir decisões de Textor sem consulta à empresa e para suspender os efeitos das medidas aprovadas em 17 de julho, entre outros pedidos.
Posição de John Textor
Em 27 de julho, no Estádio Nilton Santos, John Textor falou sobre o afastamento do Lyon, a situação financeira do Botafogo e a possibilidade de perder o comando da SAF.
Primeiro, afirmou “não temer” perder o controle por ainda ser sócio majoritário da Eagle. Na sequência, disse: “Botafogo financia a Europa, e não o contrário. Somos uma organização auditada por empresas do maior calibre, fizemos tudo isso para entrar no IPO, não há debate. Não há problema financeiro. Estamos financiando a Europa. Quero separar o Botafogo da parte europeia (Lyon), mas isso é a com diretoria da Eagle”.
Receitas de transferências
De acordo com documentos do Botafogo, as receitas das vendas de Luiz Henrique, Igor Jesus e Jair, negociados na janela atual, teriam sido repassadas ao Lyon para mitigar a situação financeira do clube francês. Há também informações sobre a venda de Savarino ao Lyon, mas o jogador segue atuando pelo Alvinegro.
Fim do caixa único
Em nota divulgada em 4 de agosto, o Botafogo confirmou o “fim do caixa único” (cash pooling) entre os clubes da Eagle e reconheceu a “necessidade de reembolso” por parte do Lyon por valores antes emprestados. Segundo a SAF, o montante chega a R$ 410 milhões; a direção francesa contesta a quantia.
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