Uma jovem, de 22 anos, faleceu após ser vítima de um choque anafilático durante uma tomografia com contraste, em Rio do Sul, Santa Catarina, na última semana. O caso acendeu o alerta para a substância utilizada em alguns exames de imagem. O portal LeoDias entrevistou uma especialista, que avaliou os riscos do método que permite que o médico visualize com mais precisão o que está sendo avaliado no momento do exame.
A dermatologista Debora Terra Cardial explicou o que causa alergia ao contraste – substância química à base de iodo, bário ou gadolínio – utilizada em exames: “É uma reação de hipersensibilidade que pode acontecer quando o paciente recebe substâncias usadas para melhorar a qualidade de exames, como tomografia ou ressonância. Esses contrastes ajudam a destacar órgãos investigados nos exames, mas em algumas pessoas o organismo reage de forma exagerada, provocando sintomas que podem ser leves ou mais graves”, esclareceu.
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A especialista destacou que as reações mais comuns são coceira, vermelhidão na pele, urticária e inchaço em pálpebras ou lábios: “Também pode haver náusea, mal-estar e sensação de calor. Em situações menos frequentes, mas mais preocupantes, pode ocorrer falta de ar, chiado no peito, inchaço na garganta e queda da pressão, caracterizando um quadro de anafilaxia. Esses quadros são os mais temidos porque podem levar inclusive a óbito”, pontuou.
A médica orientou como identificar a alergia a contraste: “A identificação começa pelo histórico. Se a pessoa já apresentou sintomas após o uso de contraste, deve sempre informar antes de realizar novos exames. Durante o exame, a maioria das reações aparece de forma rápida, geralmente nos primeiros minutos após a aplicação. Em casos de dúvida, o alergista pode solicitar testes específicos para avaliar a sensibilidade e orientar qual contraste pode ser usado de forma mais segura.”
Em caso de reação leve a substância, Debora Terra Cardial afirmou que o paciente deve tratar com anti-histamínicos e ser observado por algumas horas. Em casos mais graves medidas mais sérias são adotadas: “Em reações graves, o tratamento é imediato com medicamentos de emergência, como a adrenalina, além de suporte hospitalar (podendo ser necessária até a intubação com ventilação mecânica)”, declarou a médica.
“O mais importante é a prevenção: pessoas que já tiveram reação devem ser avaliadas por um especialista antes de novos exames, para definir se será necessário trocar o contraste ou fazer um preparo com medicação para reduzir o risco de repetição”, concluiu a Dermatologista da Clínica Terra Cardial.






